Apontado como ‘o futuro do trabalho’ na pandemia, home office aos poucos é deixado pra trás por grandes empresas

Photo by Yasmina H on Unsplash

As previsões de que o home office seria a nova regra no mercado trabalhista internacional, que pipocaram na imprensa e eram dadas como certas por especialistas
no auge da pandemia de Covid-19, parecem ter subido no telhado. Aos poucos, muitas das empresas que defenderam um modelo de expediente remoto vão voltando ao modelo antigo, com seus funcionários batendo ponto em seus escritórios mundo afora agora que a doença está controlada e quase toda a população mundial foi vacinada.

É o caso do Morgan Stanley, que recentemente finalizou com sucesso uma operação que se estendeu por semanas e cujo objetivo era reorganizar sua equipe a fim de prepará-la para o retorno aos velhos tempos de trabalho de segunda a sexta-feira, sendo que nesse meio tempo muitos dos contratados do banco de investimentos dos Estados Unidos acabaram precisando ficar em casa de vez, já que foram demitidos.

Já na semana passada, Evan Spiegel, cofundador do Snapchat, avisou por memorando interno seus subordinados que ainda trabalham em sistema de home office que os espera de volta em seus respectivos cubículos a partir de fevereiro. Mas aí esses que receberam o chamado até celebraram, considerando que em agosto
a holding Snap Inc, dona da rede social, cortou nada menos que 20% de sua folha de pagamentos por consequência de sua cada vez mais acelerada queda de
popularidade para o TikTok, que também vem roubando usuários do Instagram e do Facebook.

E no Twitter, agora sob o comando de Elon Musk, nem chega a ser surpresa o fato de que uma das primeiras medidas tomadas pelo homem mais rico do mundo logo
que começou a dar as cartas no microblog foi suspender todo e qualquer tipo de prestação de serviços via home office.

De qualquer forma, a indústria global de home office movimentou quase US$ 19 bilhões (R$ 100 bilhões) em 2021 e deverá crescer a dois dígitos por ano pelo menos até 2026, impactando de forma indireta, porém positiva, outras, como a de cervejas, e negativamente a de aluguéis comerciais.

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