Ao GLMRM, Perez Hilton afirma: “É improvável que Meghan e Harry sejam descancelados”

Foto: Northern Ireland Office, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Com a popularidade em baixa, perdendo amigos de longa data em consequência disso, colhendo derrotas contra a imprensa, pouco dinheiro na conta para manter um alto estilo de vida e, o pior de tudo, sem os benefícios e títulos da realeza britânica dos quais abriram mão em 2020, Meghan Markle e o príncipe Harry vivem praticamente isolados em Montecito, o vilarejo à beira-mar ao nordeste de Los Angeles, na Califórnia, repleto de outros residentes igualmente famosos, onde fixaram endereço logo depois de saírem – e pela porta dos fundos – da família real do Reino Unido, alegando necessidade por mais privacidade.

Só nas últimas semanas, Victoria e David Beckham, assim como Amal e George Clooney, decidiram cortar relações com o casal cuja troca de alianças, há cinco anos, testemunharam. O motivo? No caso da ex-Spice Girl e do craque dos gramados aposentado, conterrâneos de Harry, a justificativa foi em razão da reverência e fidelidade que ambos acreditam ser necessário demonstrar à monarquia de seu país.

Já os Clooney, aparentemente, apenas acharam melhor se afastar dos ex-royals para evitar que a má sorte dos outrora BFFs lhes “contamine”. Tratados como “nitroglicerina pura” pela turma de Hollywood, Meghan e Harry esperavam exatamente o oposto dessa reação quando deixaram a Casa Real de Windsor, na qual figuravam entre os membros mais seniores. Harry, por sinal, no passado chegou a ser apontado como o segundo sangue azul de melhor reputação entre os súditos da falecida rainha Elizabeth II, na ocasião ainda viva e a número um no quesito.

Meghan sempre foi a mais otimista em relação a esse cenário idealizado. Atriz de razoável sucesso, a duquesa de Sussex (distinção nobiliárquica que ainda possui, porém sem valor quando não combinada com o “Sua Alteza Real”) sempre achou que para brilhar em seu meio bastava ter fama. Algo que fez sentido até certa altura, quando ela e o marido, já como plebeus, conquistaram contratos milionários como os assinados com o Spotify e a Netflix.

Mas o que aconteceu em seguida era o que os Sussexes não esperavam: a plataforma de áudio digital recentemente os dispensou, parte por causa do fiasco que se tornou o podcast dos dois, que estreou em agosto passado, e também pela rejeição gerada com as revelações de Harry em seu livro de memórias, “Spare”, lançado no começo desse ano. Um best-seller, e mais ainda um gol contra que reforçou a imagem do caçula de Charles III como “ingrato” e “resmungão”. E a gigante do streaming, por pretextos similares, cogita encerrar sua parceria com eles.

Dizem que má publicidade continua sendo publicidade, mas há limites. Madrasta de Harry e talvez a protagonista do mais bem-sucedido case de recuperação de imagem pública da história, Camilla Parker Bowles mudou de “a outra” mais odiada do mundo para rainha consorte de seu povo. Apesar da vida amorosa turbulenta, no entanto, Sua Majestade nunca cometeu um daqueles pecados mortais que, nesse aspecto, podem correr o risco de serem entendidos como traição. Como dar às costas a uma nação, a interpretação que a maioria dos britânicos fez do #Megxit.

Nessa semana, Meghan e Harry foram informados de que não receberão convites para a missa em memória do primeiro ano de morte de Elizabeth II, no dia 8 do mês que vem. Isso em meio a rumores (desmentidos dias atrás) de que seu casamento está quase acabando, outro que em nada os ajuda a ser melhor vistos. Expert em tudo que diz respeito ao universo da fama, no qual circula nos bastidores e na frente das câmeras, Perez Hilton acha difícil vê-los ressurgindo das cinzas.

“A percepção pública é muito inconstante. Não é impossível que essa conjuntura negativa atual mude em favor de Meghan e Harry. Mas é improvável. Isso é algo que exigiria muito esforço calculado, e principalmente uma nova expectativa por um destino tanto mais promissor quanto mais realista, e não somente da parte deles quanto em relação ao que representam”, o blogueiro mais temido no showbiz internacional disse ao GLMRM.

A ironia é que, pelo jeito, Meghan e Harry podem estar perto de encontrar o ostracismo que, supostamente, tanto buscavam.

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