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Acreditar no ser humano
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Ele chega no meu quarto arrasado e ofegante: “Mãe, você não vai acreditar!” “Fala filho, o que foi?” “Eu tava jogando Roblox e um cara me pediu um Pet pra fazer um lance lá e eu emprestei, mas ele roubou!”

Fingindo que entendo o que é um Pet no Roblox, eu peço calma. “Sério, mãe! Ele pediu e eu emprestei meu Pet de 1 bilhão. Até pensei que ele pudesse não me devolver, mas ele disse que ‘jurava juradinho’ no chat”.

Ai, “jura juradinho” é muito fofo! Me lembrou o filme Up… Perdi a concentração na história do Roblox pensando na pureza das crianças… “E ele não devolveu?” “Não, mãe, ele saiu do jogo levando, mas eu denunciei”.

Eis que aparece o irmão gêmeo: “Foi um absurdo, mãe! Ele foi embora do jogo com o melhor Pet do Thomas! Mas tá tudo salvo no chat, todo o combinado tá lá e ele vai ser penalizado!”

Com lágrimas nos olhos, o Thomas diz que perdeu a fé no ser humano. “Calma, filho, deixa eu te contar uma coisa: várias vezes já traíram minha confiança. Várias! Eu também já pensei em deixar de confiar nas pessoas, mas isso tornaria a vida sem graça nenhuma. A gente precisa confiar. Prestar mais atenção no que a gente sente sobre cada um, mas seguir acreditando, sabe?”

E eis que ele resume: “Entendi. A gente não pode mais acreditar nesse ser humano, mas tem que continuar acreditando na humanidade”. Pronto! É isso.

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