É quase impossível falar de moda sem citar grandes marcas, estilistas, stylists e tendências. Mesmo que o leque da moda tenha sido aberto para a moda de rua, para pessoas comuns que mostram uma nova forma de usar e vestir peças tradicionais e também para as grandes lojas de departamento e fast-fashion. Mas de uns tempos para cá, parece que demos uns passos para trás e voltamos a olhar para a moda de forma careta, engessada.
* Não que não existam diversas tendências fortes e contrastantes, ao mesmo tempo e o tempo todo. Mas a maneira que estamos traduzindo e apresentando para um público menos interessado em teoria e mais em prática, e muitas vezes sem tanto acesso à toda essa “alta moda”, pode ser falha.
* As roupas – e bolsas, sapatos, joias … – continuam a estipular posições dentro de grupos e falar pelo seus donos, criando distâncias e afinidades. Mas quando estabelecemos uma bolsa, uma marca, uma cor de cabelo ou um “shape” como o certo, estamos excluindo vários outros.
* Há quem não se importe e viva uma moda “paralela”, de acordo com seu estilo de vida. Mas é este o ponto. Em boa parte das vezes são essas pessoas que não se interessam pelo último grito da moda ou a última coleção desfilada. São essas pessoas que vivem de um olhar da vida mais geral do que o determinado por comprimento de calças, saias e modelos de bolsas, e que começam um verdadeiro movimento de comportamento, logo assimilado e traduzido no mercado de moda.
* O que quero com isso tudo é apresentar o novo canal Moda do Glamurama. Vamos continuar mostrando os últimos lançamentos, fotos de pessoas interessantes e inteligentes na forma de se vestir e comunicar, informações de moda, desfiles etc. Mas também vamos passar informações para serem digeridas por cada leitor de sua forma, para que uma mesma tendência, uma mesma imagem possa se multiplicar e voltar como uma nova história.
Por Manoela Fiães
- Neste artigo:
- Moda,