São Paulo indo para Los Angeles – Manhattan parece feliz, já que a moda está de novo a seu favor. A semana de moda nova-iorquina, que termina amanhã, mostrou até agora tudo o que a cidade mais gosta: preto total, looks severos e muiiito blazer. Marc Jacobs ainda não desfilou… sendo assim nada de óoooh pintou nas passarelas americanas. As coleções foram adultas, sem gracinhas de styling e com muita influencia do guarda-roupa masculino, o que agrada as executivas-fashion. As tendências mostradas lá já pintaram por aqui no SPFW: foco no shape perfeito das peças e nos tecidos. Em destaque, casacos, principalmente os da Calvin Klein.
Nova York está cheia de notícias novas com conteúdo velho: a volta da Hervé Legér é a primeira. A idéia é ótima, mas não dá pra esperar muito: a marca foi comprada pelo super empresário Max Azria. Potencia comercial (dono da BCBG e outras), ele é um criador sem brilho. Como se viu no debut nas passarelas esta semana as melhores peças são apenas reedições de looks originais. Azria comprou o direito de copiar. Pelo menos que copie bem. Hervé hoje é Hervé L. Leroux.
Tom Ford, para Gucci, foi o verdadeiro Halston dos anos 90. Atrevido, sexy e lindo! Dentro desta conjuntura não tinha espaço para outro. E assim a volta da Halston, em 96, com o estilista Randolf Duke a frente, acabou não emplacando. Agora, em 2008, nova grande tentativa. Vamos acompanhar de perto, já que desta vez quem está por traz da marca é Hollywood. O super mega produtor Harvey Weinstein, namorado de Georgina Chapman, uma das duas donas da grife Marchesa (vestidos para tapetes vermelhos), é o empresário estrela a frente do grupo que comprou a Halston. Ele contratou Marco Zanini, 35 anos, ex- Versace, sexto designer a assinar Halston. Detail: dizem que as atrizes usam Marchesa para agradar Weinstein e que o mesmo vai acontecer com os vestidos Halston no próximo Oscar, 24 de fevereiro. Que baixo. Só te falo uma coisa: o Halston era tão tão incrível e ele é tão importante que merece alguém à altura para continuar com a mesma força e personalidade.
Já ganhou
Emocionante o trabalho de Jacqueline Durran, figurinista que concorreu ao Oscar em 99 e não levou pelo lindo Orgulho e Preconceito. Desta vez, em Desejo e Reparação (Atonement, de Joe Wright), ela criou um dos vestidos mais falados da últimas décadas, o esmeralda de Keira Knightley. A la Galliano/Dior, a peça art-deco é feita em três tons de verde e já é, na opinião de sites e críticos (um tanto exagerados), um dos vestidos mais deslumbrante de todos os tempos. Entre os cinco concorrentes “Desejo, baseado na obra de Ian McEwan, é o mais forte.
Clique sobre os filmes para ler o comentário fashion:
“Desejo e Reparação”, “Elizabeth: A Era de Ouro”, “Across the Universe”, “Sweeney Todd: o barbeiro demoníaco da rua fleet” e
“Piaf, um hino ao amor”.
Escreverei de Los Angeles, Kisses,
Ale