MADE enfatizou o bom momento do design brasileiro

Mobiliários, objetos e iluminação se destacaram na mostra

Rahyja Afrange -Banqueta Nina – foto: Iago Fundaro

Com programação voltada para o design colecionável, a MADE apresentou uma junção de talentos emergentes com nomes eminentes do mercado. Sob o tema Design e Movimento, a décima segunda edição, terminou na última semana, recebeu 74 estúdios e designers vindos de diferentes regiões do país que expuseram criações inéditas e autorais de objetos de design, peças de mobiliário e iluminação.

Essa edição serviu para inaugurar as primeiras instalações do novo complexo da Mercado Livre Arena Pacaembu, que conta ainda com uma casa de shows para oito mil e quinhentas pessoas – local onde aconteceu a feira de arte contemporânea, ArPa. Outro atrativo é que a MADE neste ano aconteceu dentro da clássica quadra de tênis do complexo, datada de 1940 e palco da partida em que a tenista brasileira Maria Esther Bueno conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan Americanos de 1963.

 

Entre os destaques da edição, esteve Rahyja Afrange, uma das precursoras da mostra e participante assídua, que apresentou a banqueta Nina, que sintetiza o traço contemporâneo e atemporal do design. Rahyja, que também assina a direção criativa da Le Lis Casa, explica que esse projeto reflete, entre outras coisas, a sua a curiosidade em busca de novas aplicações e materiais, como o assento estofado com o biotecido feito a partir do látex e fibra natural do açaí.

Abrindo um parêntese sobre a Le Lis Casa, a marca, em sua terceira edição como apoiadora do evento, promoveu uma visita guiada, conduzida pela artista multimídia e fundadora da galeria HOA, Igi Lola Ayedun, reunindo clientes e convidados da marca, em uma verdadeira aula de arte contemporânea.

Outro profissional que chamou a atenção da MADE foi Vinícius Siega, que apresentou a coleção Boa Vista, composta por mesa de apoio, tapete e poltrona. De acordo com o designer, a coleção evoca ambiguidades das nossas memórias e o impacto do tempo sobre elas. As peças entrelaçam o passado e o presente, mostrando que as lembranças fundamentam quem somos.

A partir da curadoria impecável de Waldick Jatobá e Bruno Simões a MADE, além de agente catalizador de criativos, também busca abrir espaço para discussão, apreciação e comercialização do melhor do design contemporâneo e apresentar os próximos nomes que despontarão no circuito mundial do segmento como Patrícia Faragone, Bia Rezende, Estúdio Cruzeta, Pedro Galaso, Studio Reyes, Igor Lima, Camila Bianchi, Casa de Marimbondo, Filipe Jardim e Antônio Cortada.

 

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