Teria a era da obsessão dos consumidores de alta renda por logotipos mais do que aparentes chegado ao fim? Em análise publicada na edição desse domingo do “Financial Times”, a editora de moda do jornal britânico, Lauren Indvik, notou que nos últimos desfiles das grandes maisons nas passarelas de Nova York, Londres, Milão e Paris, as peças apresentadas tinham em comum o fato de que os símbolos famosos de suas fabricantes praticamente desapareceram.
Até mesmo no da Louis Vuitton, cujo icônico “LV” já foi um dos mais desejados, principalmente pelos fashionistas dos países em desenvolvimento, o monograma foi evidentemente menos destacado do que no passado. Chamada de “logomania”, a atração dessa clientela por roupas e acessórios de luxo gravados com marcas famosas sempre foram uma forma de demonstrar status – ou de “ter chegado lá”, no caso daqueles que enriqueceram graças ao boom econômico de suas nações.
Mas, daqui para frente, e como ponderou Indvik em seu texto, o que deverá reinar serão as cores mais neutras como o preto e o cinza, tudo que for mais prático de vestir e, acima de qualquer coisa, a qualidade dos produtos e dos cortes, daquela que é suficiente para que os entendidos batam o olho em algo e imediatamente identifiquem se tratar de um item exclusivo e para poucos.