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Dior - Runway
Foto: Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images

A temporada primavera-verão da Semana de Alta-Costura, em Paris, acontece desde segunda-feira com os desfiles das mais importantes maisons. E nos próximos dias, o mundo – e os amantes – da moda se deixam envolver pelas peças de arte que cruzam as passarelas. Como já é de costume, quem abriu a fashion week foi a extravagância e o surrealismo detalhista e impecável de Daniel Roseberry, estilista e diretor criativo à frente da Schiaparelli.

Com uma coleção majoritariamente preta, branca e dourada, Daniel prestou homenagem ao legado e às criações de Elsa Schiaparelli, fundadora da casa e concorrente número um de Coco Chanel. Fazendo referência ao espaço, o estilista americano, que assumiu a casa em 2019, criou representações literais de Saturno em alguns acessórios, como brincos, e até roupas. Falando em acessórios, a bolsa-cabeça-robô chamou atenção e garantiu a repercussão do desfile nas redes sociais. Na beleza criada por ninguém menos que Pat McGrath, a beauty artist mais influente do mundo, o destaque vai para as lágrimas de glitter. Esta coleção também marca o retorno da Schiaparelli aos desfiles presenciais, depois de dois anos trabalhando no formato digital por conta da pandemia de Covid-19.

Ainda no primeiro dia, Maria Grazia Chiuri também apresentou sua coleção primavera-verão para a Dior. Apaixonada pela riqueza do trabalho manual e artesanal, Maria Grazia tomou os bordados como ponto de partida. Com uma coleção toda em tons neutros – preto, branco, nude e cinza -, MCG foi muito criticada por uns pela falta de emoção das criações desfiladas, enquanto outros elogiaram o fato da designer finalmente ter assumido sua persona minimalista e que, de certa forma, rompe com os shapes do “New Look”, criado por Christian Dior, em 1947, e assinatura de estilo da casa até os dias de hoje. Na beleza, comandada por Peter Philips, diretor criativo da linha de maquiagem da Dior, um delineado gráfico, invertido e branco acompanhava a pele quase translúcida e sem muita aplicação de cores.

O desfile de alta-costura da Chanel começou com Charlotte Casiragi, filha da Princesa de Mônaco e neta de Grace Kelly, a cavalo, vestindo um conjunto de hipismo nada basiquinho e com muitos brilhos. Apesar das muitas referências equestres – reza a lenda que Coco Chanel era uma grande apaixonada por cavalos – a coleção de Virgine Viard foge dos looks literais e entrega uma feminilidade parisiense repaginada. Os clássicos tweeds da marca tiveram seu momento de glória na passarela, mas quem brilhou mesmo foram os vestidos com silhueta bem marcada, bem como a make rocker com sombra preta nos olhos, que também foi a aposta da maison na coleção passada.

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