David Chipperfield, um dos arquitetos mais cultuados da atualidade, atingiu a glória: o britânico de 69 anos foi revelado nessa terça-feira (7) como o vencedor do Prêmio Pritzker desse ano.
Considerada “o Oscar da arquitetura”, a honraria criada em 1979 costuma servir como um selo de excelência para profissionais da arquitetura. No passado foi concedida a grandes nomes como a iraquiano-britânica Zaha Hadid (2004), o português Eduardo Souto de Moura (2011), o japonês Shigeru Ban (2014), o indiano Balkrishna Doshi (2018) e o burquinês Diébédo Francis Kéré (2022), todos eternizados graças às obras icônicas que projetaram.
No caso de Chipperfield, um fã de linhas retas e traços minimalistas, são de autoria dele projetos como o Museo Jumex, da Cidade do México, a restauração e reconstrução do Neues Museum de Berlim, a ampliação do Saint Louis Art Museum que fica na cidade de mesmo nome do estado americano do Missouri, além de outros mais de 100 projetos que ele assinou e estão espalhados pela Ásia, Europa e América do Norte.
Um dos mais comentados é a James-Simon-Galerie, que fica na Museumsinsel (Ilha dos Museus), também em Berlim, concluído em 2019 ao custo de US$ 150 milhões. Alguns alemães o criticaram por conta da cifra vultuosa, mas, em geral, o trabalho rendeu muito mais aplausos do que narizes torcidos para Chipperfield, lembrando que qualquer arquiteto de renome similar causou polêmica em algum momento da carreira.
Além de um boost no prestígio, os vencedores do Pritzker levam pra casa um cheque de US$ 100 mil (R$ 519 mil), um certificado que formaliza sua sua vitória e, desde 1987, uma medalha de bronze. E, para quem não sabe, dois brasileiros que dispensam apresentação já receberam a premiação – são eles Oscar Niemeyer, em 1988, e Paulo Mendes da Rocha, em 2006.