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Wanessa Camargo || Reprodução
Wanessa Camargo || Reprodução

Depois de Sandy e Júnior, outra sensação teen dos anos 2000 vai fazer a alegria dos fãs neste domingo: Wanessa Camargo. A cantora preparou repertório especial para a sua live que rola às 20h, em seu canal no Youtube, e de quebra vai ajudar instituições que atuam em todo o Brasil. Ela, que está numa fase mais autoral recentemente, contou para o Glamurama como andam os preparativos para sua apresentação ao vivo e entrega os planos tiveram que entrar no modo ‘stand by’ devido à quarentena: “Ia fazer alguns lançamentos no comecinho de maio”. E por falar em pandemia, a rotina da cantora teve que mudar bruscamente com o isolamento social: “Aprendi a ser professora dos meus filhos”. (por Luzara Pinho)

Glamurama: Quais eram seus planos profissionais antes da pandemia?
Wanessa: Ia fazer vários lançamentos no comecinho de maio, com músicas inéditas e com um projeto audiovisual muito interessante, mas tivemos que cancelar e readaptar tudo isso.

Glamurama: Suas composições recentes abordaram temas mais sensíveis, como sua relação com seus pais. Fale um pouco desse momento.
Wanessa: As minhas canções têm sido mais autorais e esse é meu novo caminho: buscar cada vez mais escrever aquilo que canto, jogar para fora os meus pensamentos, ideias e sentimentos para compartilhar algo muito real e presente na minha vida. Tem sido muito incrível dividir essas experiências com as pessoas e encontrar esse lugar junto com elas. É uma fase mais sensível para mim, mas é enriquecedor de todas as formas. Posso me descobrir cada vez mais e fazer isso junto com o público é muito incrível.

Glamurama: A pandemia e o isolamento afetaram especialmente a vida dos artistas, que estão tendo que se reinventar. Como vê tudo isso?
Wanessa: Para os cantores e entretenimento a coisa pegou forte porque a gente trabalha com pessoas, é um contato muito direto. Mesmo que a quarentena acabe, a gente não vê ainda uma previsão de retomar os shows, nossa principal fonte de renda. Temos que nos adaptar. O mercado é sempre muito criativo e inteligente então acho que essas lives que têm rolado já são uma resposta para isso, é uma forma de estar presente, de não deixar a música silenciar. Graças a Deus estamos vivendo isso em uma época de tecnologia, em que temos as redes sociais que nos permitem esse contato mesmo de longe. Ainda acho que muita coisa vai mudar, novas ideias vão aparecer. Menos maquiagem, menos photoshop, mais vida real.

Glamurama: Por que decidiu fazer a live?
Wanessa: Diversas razões. Profissionalmente é uma forma de manter vivo meu trabalho e minha música, de estar em contato com o público e colaborar com quem está mais vulnerável nesta quarentena. Vamos ajudar e contamos com o público que poderá colaborar também com instituições como: Amigos do Bem, Cufa, Instituto Ronald Mc Donalds, Médicos sem Fronteiras, Visão Mundial, Mesa Brasil, Hospital de Amor, Pracatum, Apae de vitória no Espirito Santo, o Graac, a Legião da Boa Vontade ,  AACD e Unicef.

Glamurama: Como é se preparar para fazer um show sem plateia?
Wanessa: É completamente diferente e tem seu lado positivo. Eu já faço show em casa, sou aquela pessoa que liga o karaokê e se diverte pra caramba (risos). Sinto como se fosse isso,  alcançando até mais público do que um show com duas mil pessoas. Na live você pode ter muito mais que isso, né? É  também a oportunidade de fazer uma apresentação para a pessoa que está longe ou até do outro lado do mundo que não poderia estar presente em um show convencional. Além de ter essa energia ‘mais em casa’, o que me agrada muito. Lógico que a gente tem roteiro, mas uma live é uma caixinha de surpresas. Adoro sair um pouco da regra e deixar as coisas mais espontâneas, naturais e a live me agrada por ter esse clima. O público faz falta, claro… ouvir eles cantando é indescritível, mas olho sempre para o copo cheio, para as coisas boas que podem ser feitas agora.

Glamurama: O que podemos esperar? Sucessos antigos, mais recentes…
Wanessa: Para essa live eu escolhi escutar o que as pessoas estavam querendo. Recebi muitos pedidos e nada mais justo do que deixar os fãs decidirem o repertório. Teve gente que fez um set list inteiro (risos). Vai ter uma estrutura bem digna, bem feita… O mais importante para mim é que o som chegue para as pessoas com qualidade. Vai ser aqui em casa mesmo, pouquíssimas pessoas na produção. Até diminuí a banda e todo mundo está cumprindo os requisitos de proteção. Vai ser bem ‘lá em casa’ mesmo.

Glamurama: Tem acompanhado outras lives? Gostou de alguma em especial?
Wanessa: Consigo ver as que são mais para o fim do dia por conta das crianças. Acompanhei e amei a dos Amigos, Sandy e Junior, Ivete (Sangalo), Paula Fernandes, Thiaguinho, Marcos e Belutti, Ludmilla, Melim… Quando percebo que tem uma rolando corro para assistir.

Glamurama:  Como está sendo a sua quarentena?
Wanessa: Assim como para todo mundo, tem sido um desafio muito enriquecedor. Estamos aprendendo muito juntos. Estou com meu marido (o empresário Marcus Buaiz), meus dois filhos e duas funcionárias que moram com a gente. Estamos nos adaptando, fazendo compras por telefone e só saímos quando é extremamente necessário. Conversamos com as pessoas que a gente ama sempre por telefone e vídeo chamada, rola reunião com as amigas, reuniões de trabalho. No começo foi até mais tranquilo, mas quando a escola dos meninos retomou as aulas (à distância), tudo mudou. Tive que aprender a ser professora, uma coisa nova para mim, ajudar a fazer a tarefa e ensinar algumas coisas. É um desafio de paciência… a gente sempre tenta acalmar as crianças que estão ansiosas para sair de casa, querem ver os amiguinhos. Ao mesmo tempo acho que nunca estive tão conectada com minha família, tão presente como mãe e esposa, e até amiga e filha para as pessoas que amo. A gente começa a perceber o que realmente é essencial, o olhar para dentro, fazer questionamentos, buscas. Já estava em um processo de autoconhecimento muito grande e a quarentena só veio para intensificar isso. Quero sair disso tudo com a minha família mais fortalecida.

Glamurama: Você acredita nesse “novo normal” que as pessoas falam sobre a vida pós-pandemia?
Wanessa: Espero que não exista mais esse ‘normal’ e que a gente aprenda a viver de um novo modo, mais consciente, com mais compaixão. Esse pensamento de sermos um. Percebi que não estamos separados, os muros são invisíveis, estamos muito conectados e entendendo a responsabilidade que temos com nós mesmos e com o próximo. Acho que esse vai ser o novo normal.

Glamurama: Qual a primeira coisa que pretende fazer quando a quarentena acabar? 
Wanessa: Eu ainda não faço a mínima ideia (risos). Só espero continuar mantendo esse olhar de consciência o tempo inteiro. Estou aprendendo muito também a viver o agora, o amanhã só existe no presente. Claro que quero encontrar as pessoas que amo, meus pais, irmãos e sobrinhos, que estou com muita saudade e retomar os projetos profissionais assim que for possível.

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