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Adriana Esteves, Grazi Massafera e Giovanna Antonelli || Créditos: Reprodução/ Instagram
Adriana Esteves, Grazi Massafera e Giovanna Antonelli || Créditos: Reprodução/ Instagram

O Dia das Mães, uma das datas mais fofas do calendário, serviu de gancho pra gente ir conversar com três atrizes poderosas – e mãezonas na “vida real” – sobre as peculiaridades de cada uma no exercício dessa tão importante e encantadora função. O trio abriu o coração e dividiu suas experiências de forma totalmente sincera e emocionada. Pega o lencinho e vem ler com a gente, glamurette. (por Michelle Licory)

Adriana Esteves: o filho que ela queria ser, o filho que é igual a ela e a filha que aprendeu a chama-la de mãe

Adriana Esteves || Créditos: Divulgação

“O legado que quero deixar para meus três filhos é o mesmo que minha mãe deixou pra mim. Esse meu jeitinho que eu crio meus filhos acho que faço exatamente como ela me ensinou. Minha mãe, dona Regina linda, sempre teve muito prazer em ensinar a maternidade: ela dava o exemplo. Uma mulher muito batalhadora e amorosa, moleca com as filhas. Acho que também sou uma mãe muito cuidadosa. Meus filhos sabem que têm ali alguém que protege mesmo. Sou leoa, mas com muito prazer. Gosto muito do meu clã, da minha gangue. Quero prepara eles pra gente ser uma turma, dentro dos princípios que eu acredito”.

“Se viesse outro, não sei que loucura seria…”

“Vejo traços meus em todos eles. Em cada um, uma coisa. Eu tinha uma paixão louca pelo Felipe. Aí surgiu a Agnes [filha do marido dela, Vladimir Brichta, que é orfã de mãe]. Pensava: ‘meu Deus, como pode?’ Uma pessoa tão diferente de mim e eu amar tanto, ficar tão encantada… Você amar o diferente também é uma grande surpresa, e muito arrebatador. Aí veio o Vicente… Acho assim: o Felipe é tudo que eu queria ser, um rapaz calmo, tranquilo, centrado. E a mãe aqui meio caótica, meio louca. Aí veio a Agnes, tão diferente… Aí engravidei do Vicente e veio um garoto igual a mim. Meu Deus, esse é igual. Inclusive nas paranoias, probleminhas… Em tudo. Aí você ama também por ser igual. Um é quem você quer ser, o outro você ama porque não acreditava que ia amar o diferente e o terceiro você ama porque é igual. Se viesse outro, não sei que loucura seria…”

“Eu sou a mãe dessa casa e sua mãe, sim”

Perguntamos quando foi que ela se sentiu mãe de Agnes pela primeira vez. “Acho que no dia em que ela me chamou de mãe pela primeira vez e ficou meio sem graça, com 5, 6 aninhos. O Felipe correndo pela casa me gritando… A palavra que mais se ouvia em casa era mãe… Aí ela falou também. E pediu desculpa. Aí eu disse: ‘Não tem isso de desculpa. Eu sou a mãe dessa casa e sua mãe, sim. Pode falar mãe’. Claro, com o maior cuidado de deixar ela muito à vontade. Na época, o jeitinho foi falar ‘pode me chamar de mãe, é o meu nome'”.

O advogado músico, a psicóloga atriz e o imitador

E algum dos três puxou a veia artística? “Todos! Pesquisa aí a banda Caiçara. Felipe tem uma banda já. Coisa mais linda. Ele canta, toca piano, toca violão. E faz Direito na PUC. A Agnes faz psicologia na PUC também, e faz CAL [Casa das Artes de Laranjeiras, um reconhecido curso de interpretação do Rio] à noite. Psicóloga atriz, advogado músico… Todo mundo dando seus passos. E o Vicente é imitador igual ao Vlad, a coisa mais bonitinha. Imita as pessoas e os bichos muito bem, igualzinho ao pai”.

“Sou a mãe, a madrinha, a tia dominadora”

“Minha família é um sonho. E não só eu, meus três filhos e o Vlad. É minha mãe, minha irmã com o marido dela, meus sobrinhos, que são presentes na minha vida, que amo como meus filhos, meus amores… Sou a mãe, a madrinha, a tia dominadora. Tenho vários afilhados, louca por todos eles. Não largo eles. Temos grupo de WhatsApp. O Felipe namora há 4 anos e eu também sou louca por aquela garota, aquela Flavia…”

Não cabe mais um?

“Não tem chance, nem vontade de ter outro filho porque minha dedicação já é total aos três. E quando crescem, começam a trocar também, é tão gostoso. Outro dia, o Felipe no carro me apresentou um musical de Nova York que eu não conhecia. E fomos emocionados até o dentista ouvindo… Eu só cobro que eles se dediquem ao que escolheram com seriedade. Mais nada”.

Giovanna Antonelli: filhos mais livres que ela

Giovanna Antonelli || Créditos: Reprodução/ Instagram

“Amor ao próximo e educação são os valores que quero deixar para meus filhos. A educação salvaria nosso país. A gente acaba repetindo muitas coisas da nossa criação inconscientemente com nossos filhos, mas na verdade eu foco no que eu não faria com eles da educação que tive. Mesmo assim, acho que minha base, o que me tornei, a pessoa de caráter que sou hoje com certeza devo à família que eu tenho, com todos os valores que eles me passaram. Isso tenho o maior orgulho de ter recebido. Mas minha mãe era muito rígida e limitadora. Extremamente”.

“Ao invés de ficar só impondo a minha vontade…”

E como é a Giovanna mãe? “Eu sou uma mãe que limita, sim, mas a base da minha negociação é a conversa. Muita conversa, sabe? Eu deixo que eles escolham alguns caminhos, eu posso dar opção. Gosto que eles vejam se é bom ou se é ruim por eles mesmos também. Até nas coisas pequenas do dia a dia. Ao invés de ficar só impondo a minha vontade… Ou as minhas certezas. É um exercício, ainda mais pra quem tem personalidade forte, como eu. A gente sempre quer impor, mas tento não emitir opinião na roupa, por exemplo. Eles usam o que gostam, o que querem. Incentivo cada um a ter sua personalidade. E converso muito mesmo”.

“Como são melhores que a gente”

“As crianças hoje tem uma percepção fina que talvez a minha geração não tivesse. Minha avó que fala: ‘nossa, antigamente o bebê demorava não sei quantos dias para abrir o olho quando nascia’. E as crianças hoje com meses ainda já estão interagindo, mexendo em tecnologia. A percepção das crianças com o mundo, com as situações à volta mudou muito… Em casa a gente estimula bastante o ambiente familiar, o amor e a docilidade. As palavras e conclusões deles diariamente são emocionantes. Se você ficar percebendo aquele ser humano se construindo, fica meio chocado até, como são melhores que a gente, como vão se tornando melhores que os pais”.

Grazi Massafera: proteger, até certo ponto

Grazi Massafera e a filha, Sofia || Créditos: Reprodução/ Instagram

“Acho que a educação é um legado importante. Em todos os sentidos. Boas escolas, dentro de casa também, me reeducar para educar melhor ela. Para filho a gente só quer o melhor. Posso ficar aqui falando uma lista de valores que quero deixar pra ela. Mas tem coisas que quero que ela aprenda comigo, e coisas que a vida ensina, independente da nossa vontade. Tem questões que ela só vai aprender vivendo. Eu sou leoa, minha mãe também… Mas os relacionamentos no colégio, decepções, a primeira relação amorosa… Vou escutando os amigos que têm filhos mais velhos contando… E a gente não tem como proteger. Podemos amenizar, ajudar encontrar o lado bom das coisas… Isso sempre tive da minha mãe: esse apoio para entender que tudo tem o lado bom. Quando você encontra o lado bom, o que veio de ruim fica como aprendizado”.

 

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