Wagner Moura é protagonista e produtor de “Sergio”, filme que resgata os últimos dias de vida do diplomata brasileiro Sergio Vieira de Mello, alto-comissário da Organização das Nações Unidas (ONU), morto aos 55 anos, em Bagdá, vítima de um ataque terrorista na sede local da instituição em 2003.
Com estreia marcada para 17 de abril na Netflix, Wagner conversou, diretamente de Los Angeles, onde mora com a família, com o “Canal Brasil” sobre o projeto e comentou a importância da cinebiografia em sua carreira: “Sergio é mais que um filme. É um projeto ambicioso meu, que é: produzir o que me interessa, o que quero fazer. Eu quero falar de nomes relevantes da América Latina, inseridos em contextos reveladores. Sergio foi o primeiro projeto nessa linha. E temos grandes nomes, né?”, disse Moura, que nesta produção contracena com atores como Ana de Armas, Garret Dillahunt, Brían F. O’Byrne, Will Dalton, Clemens Schick e Bradley Whitford. A superprodução é dirigida por Greg Barker e tem roteiro assinado por Craig Borten.
Sergio Vieira de Mello foi assassinado por conta de sua atuação em defesa dos direitos humanos em um atentado reivindicado pela Al-Qaeda e, no filme, é lembrado como o oficial mais poderoso na história da ONU, com o posto diplomático mais alto já ocupado por um brasileiro: “É um filme sobre empatia e sobre um homem que dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos”, definiu o ator.
Wagner ainda falou sobre a situação atual em relação a COVID-19: “Esse momento mostrou toda a fragilidade dos líderes mundiais diante de uma crise como a que estamos passando. Essa crise vai aumentar a desigualdade social e econômica no mundo. O momento é de olhar para dentro e refletir como vai ser a vida pós-corona. Vai ser diferente”, começou. “Estamos bem aqui, a onda está muito boa em casa. Estamos juntos, acompanhando de perto os estudos das crianças. Estou lendo bastante, assistindo alguns filmes e séries antigos com a família. A primeira coisa que a gente vai fazer quando tudo isso passar é voar para Bahia”, completou o ator em trecho da entrevista.
O próximo projeto de Wagner a estrear no cinema nacional é “Marighella”, que marca sua primeira vez na direção de um longa. Aclamado em todos os festivais de cinema do ano passado, o filme teve sua estreia adiada por muito tempo aqui no Brasil por restrições impostas pelo governo, até que a data de lançamento oficial, 14 de maio, teve que ser alterada novamente por conta do isolamento social: “Foi muito frustrante não lançar o filme em novembro de 2019 por causa do Governo. Eu poderia lançar na internet, mas não quero, meu filme vai estrear nos cinemas e tenho certeza de que vai ser muito bem aceito.” E complementa: “O audiovisual brasileiro já estava parado antes da pandemia. A arte é um remédio mental e espiritual”, conclui.
Para quem quiser assistir a entrevista completa, o programa “Cinejornal”, que conversou com o artista, vai ao ar no Canal Brasil em duas partes: terça, dia 14, às 23h50, e sábado, 18, às 17h. Vale a pena!