Para falar do confinamento da vida real que o mundo passa por conta da pandemia do novo coronavírus, Joyce Pascowitch convidou a psicóloga Débora Tabacof para a sua live nessa segunda-feira. Formada pela PUC de São Paulo, Débora é especialista em reality shows e atende confinados antes, durante e depois dos programas. E em tempos de quarentena, como podemos comparar esses dois estilos de isolamento social? Débora pontua lados parecidos e opostos da situação real com os realities: “As duas situações te tiram totalmente da zona de conforto. É um momento em que existe a oportunidade de tomar consciência porque você vai deixar de lado seus hábitos ‘mecânicos’ e o modo como leva a vida de maneira repetitiva. O processo de se tornar mais consciente acontece em situações de sofrimento, quando tomamos um ‘chacoalhão’, explica. No mundo real, as coisas aconteceram de maneira inesperada, sem roteiros, conforme conta a psicóloga: “Ninguém está nessa porque escolheu, diferente do reality. Foi algo que veio do corpo, da realidade. É uma oportunidade de valorizar o presente. No reality, quem aceita as condições vai muito bem, e assim acontece nesse ‘confinamento’ que estamos vivendo.”
Débora contou também o que tem sido mais frequente em seu consultório neste momento: “As famílias estão tendo uma oportunidade diferente. Quem tem crianças pequenas tem um desafio, quem está sozinho precisa se reinventar e procurar ligações com a vida e o próprio corpo.”
Joyce também quis saber: Depois que tudo isso passar, o que vai acontecer com nossas rotinas? “Eu penso que algumas coisas não devem voltar. Por exemplo, o trabalho online. Que economia! Para que aqueles prédios inteiros, todos de vidro, com ar condicionado de cima abaixo para as pessoas ficarem nos seus quadrados? Eu penso que é retroceder a esse avanço, principalmente diante do desastre ecológico que nós, seres humanos, estamos promovendo no mundo. Outra coisa é o consumo, não precisamos de tanto. Eu acho que isso foi um lado muito bom e um descanso. As pessoas viram que é possível ter um outro modo de vida, mais introspectivo”, ressalta Débora. Para assistir ao papo completo, dá uma espiada aqui!