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Elsa criando suas joias // Reprodução Instagram

Rebecca Dayan, atriz que interpreta Elsa Peretti com toda a atitude que a personagem pede na série queridinha do momento,”Halston”, afirmou que a lendária designer de joias “merecia seu próprio documentário”. E, a julgar pelos comentários sobre a minissérie nas redes sociais, ela não é a única a pensar isso. Apesar de não ter os mesmos traços autodestrutivos de Halston, na época em que eram bffs, dizem que a ex-modelo italiana viveu por algum tempo à base de champanhe, caviar e cocaína. e, certa vez, durante um ataque de raiva, queimou um casaco de pele caríssimo. Mas esses foram fatos pontuais que, definitivamente, não determinam sua trajetória.

Na maior parte de seus 81 anos, Elsa, que morreu em março deste ano, travou uma batalha épica pela independência. “Lutei pela minha vida”, ela disse uma vez. Como mulher, a designer resistiu à expectativa de que sua vida se desenrolaria como em um conto de fadas: o encontro com o príncipe encantado, seguido pelo casamento e filhos. Seu espírito livre, que divertidamente prometeu nunca desenhar tiaras de noivas, não queria nada disso.

Em 1974, com a ajuda de Halston, ela fechou um contrato com a Tiffany, o que a transformou na maior designer de joias de todos os tempos. Trinta e oito anos depois, em 2012, quando Elsa renegociou os termos de seu contrato, recebeu cerca de US$ 50 milhões (cerca de R$ 285 milhões) em pagamento único, nada mais justo já que a revista Forbes noticiou que as vendas de suas peças representaram 10% do lucro líquido da joalheria entre 2009 e 2011.

A designer descrevia sua relação com a Tiffany como “um casamento feliz” e, em uma entrevista ao jornal Detroit Free Press, em 1974, revelou ser egoísta: “Quando você não trabalha, como muitas mulheres italianas, é possível se moldar à vida do marido, mas eu já tenho a minha vida e não acho que posso mudar de estrada agora. Devo viver para mim mesma e ser um pouco egoísta”.

Suas criações, hits da joalheria até hoje,  são orgânicas, sensuais e convidam ao toque, assim como ela. Inspiradas por formas e objetos rotineiros, como feijões, ossos, lágrimas, as “joias despertam emoção e são feitas para serem vividas e amadas. e não admiradas à distância. A ideia é fazer coisas bonitas que as pessoas realmente gostem e usem”, dizia Elsa sobre seu trabalho. Para conhecer melhor a designer, vale maratonar ‘Halston’ e fuçar no Youtube, onde existem alguns docs sobre ela.

Rebecca Dayan como Elsa Peretti na minissérie ‘Halston’ // Reprodução

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