Bill Cunningham, o lendário fotógrafo de street style do “New York Times Fashion” que morreu em junho deste ano após sofrer um AVC aos 87 anos, dividiu seu testamento em duas partes, segundo divulgou o site “Page Six”. Uma delas destinada a sua sobrinha Patricia Simonson, 55 anos, para quem deixou o direito de uso de suas fotos e negativos, cujos direitos autorais foram avaliados em R$ 3,2 milhões, e a outra, que diz respeito ao patrimônio líquido de Cunningham avaliado em R$ 9,5 milhões acumulados em contas em banco e apólices de seguro, que foi deixado para seus quatro sobrinhos e, uma surpresa: Louise Doktor, a musa mor de sua vida.
Dona de um estilo experimental e excêntrico inspirado na escritora italiana Anna Piaggi, Louise foi alvo das lentes obcecadas pelo novo de Cunningham durante 25 anos. Em 2009, ela foi revelada como sua musa em um artigo publicado no “New York Times”. O mais curioso de tudo, é que apesar de ser tão ligada à moda, sua profissão passava longe dela: secretária executiva de uma holding em Midtown. Suas marcas registradas? Um casaco de quatro mangas e uma bolsa de bola de futebol. Como não amar?
Bill Cunningham, como é sabido, levava sua profissão como um sacerdócio. Era apaixonado por ela, assim como pelas pessoas que circulavam sob seus olhares em Nova York. Quando o assunto é sua sexualidade, ele sempre foi muito discreto, apesar de extremo defensor da comunidade gay. Questionado por Richard Press, diretor do documentário “Bill Cunningham New York”(2010) se já tinha tido uma relação amorosa, ele respondeu: “Você quer saber se eu sou gay? Não, eu nunca tive… Isso nunca me ocorreu.”
Entre as outras mulheres que “batiam ponto” na página “On the Street” que o fotógrafo assinou durante anos no jornal americano estão as editoras de moda Anna Wintour, Cecilia Dean e Carine Roitfeld, uma dermatologista da alta-sociedade chamada Lisa Airan, e os ícones da moda representantes da 3ª idade Tziporah Salamon e Iris Apfel.