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Anya Taylor-Joy como Beth Harmon de ‘O Gambito da Rainha’ // Reprodução

Apesar do nome incomum, que chama a atenção mas não desperta muito interesse, ‘O Gambito da Rainha’ se tornou um dos grandes fenômenos da Netflix neste ano. A minissérie dirigida por Scott Frank e protagonizada pela incrível Anya Taylor-Joy atingiu 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, site que reúne críticas de filmes e séries, e já vem sendo considerada a melhor de 2020 pelos críticos. Ambientada nos anos 1950 e 1960, nos EUA, reúne assuntos pertinentes até hoje, como abandono, patriarcado, abuso de drogas, alcoolismo e feminismo, sempre tendo como pano de fundo o universo do xadrez em plena Guerra Fria.

Uma órfã dos anos 1950 prodígio do xadrez. Essa é a premissa de “O Gambito da Rainha”, minissérie da Netflix que ganhou o público e a crítica desde que foi lançada, no final de outubro. O tema pode parecer meio peculiar à primeira vista, mas é praticamente impossível assistir aos primeiros minutos da produção sem querer saber mais sobre a história da protagonista Beth Harmon – e essa curiosidade inicial só aumenta a cada capítulo.

Beth vai parar em um orfanato do estado do Kentucky, no final dos anos 1950, após a morte de sua mãe. Lá, com apenas 9 anos, entra em contato com dois vícios que guiarão sua vida: o xadrez e as pílulas calmantes. Suas habilidades no jogo logo chamam a atenção do ‘zelador’ da instituição, que lhe ensina os primeiros truques do tabuleiro. Ao longo de sete episódios, acompanhamos a jornada de Beth pelo mundo masculino das competições de xadrez enquanto enfrenta seus demônios internos.

As partidas de xadrez tomam conta de boa parte da trama. A tensão, as estratégias, os movimentos no tabuleiro. Caso alguém que entenda do jogo assista à minissérie, vai perceber que aquilo é para valer. A produção de “O Gambito da Rainha” convocou especialistas para garantir que tudo acontece como em uma partida de verdade. Primeiro chamaram Bruce Pandolfini, que havia trabalhado com o produtor William Horberg no filme ‘Lances Inocentes’, de 1993, que também foi consultor de Walter Travis, autor do livro que deu origem à trama na TV. O título, aliás, foi sugerido por ele. Depois convidaram ninguém menos que Garry Kasparov, o enxadrista mais famoso de todos os tempos. Como ele mesmo foi uma criança prodígio na época em que a história se passa, contribuiu com detalhes importantes.

Outra curiosidade: os direitos da história foi comprada por Allan Scott, produtor executivo e co-criador, há quase 30 anos. A ideia original era fazer um filme e ele chegou a trabalhar com cerca de cinco diretores, e Heath Ledger foi o último deles. Além de dirigir ele iria atuar no longa ao lado de Ellen Page, escalada como protagonista, mas morreu em 2008 durante a pré-produção.

O estilo de Beth Harmon, a personagem central, é um capítulo à parte e tem grande importância na evolução da orfã que se torna um fenômeno do xadrez.  Com a historia ambientada na década de 1950, no pós-guerra, o figurino se torna mais sofisticado à medida em que Beth vai se tornando adulta, conquistando títulos, ganhando dinheiro, se interessando e consumindo moda. “Talvez por ela ser uma mulher no mundo dos homens, sem modelos femininos para se inspirar, ela acaba pegando os exemplos que estão ao seu redor. Beth está sempre mudando”, comenta a figurinista Gabriele Binder, responsável pelo visual da protagonista. Ela própria fez uma parte das roupas. Quem cuidou da maquiagem e do cabelo foi Daniel Parker, elementos também fundamentais nessa evolução constante da protagonista. O tom do cabelo de Beth no livro é castanho e foi Daniel que sugeriu de colocá-la ruiva na minissérie – o diretor, que já estava com isso em mente, aprovou na hora: “Amei a ideia de que, não importa onde Beth esteja, mesmo que ela tente desesperadamente se encaixar, ela irá se destacar como um polegar dolorido. Eu queria que o público pudesse nota-la imediatamente”.

Sobre Anya Taylor-Joy, a estrela da minissérie

Com suas feições de mangá, um tanto estranhas, com olhos enormes e expressivos, Anya é aquele tipo de pessoa de quem não se consegue desviar os olhos. Aos 24 anos, uma das novas queridinhas de Hollywood nasceu em Miami, mas foi criada na Argentina. Quando se mudou para Londres, aos 8 anos, só falava espanhol. Quando tinha 16 anos, ela escreveu um texto para seus pais revelando que queria deixar a escola para se dedicar à atuação. No ano seguinte, porém, foi abordada na rua por Sarah Doukas, agente que lançou Kate Moss e Cara Delevingne, e passou a fazer alguns trabalhos como modelo. Sua estreia no cinema foi no filme de terror, ‘A Bruxa’. Na sequência, ganhou papel de destaque em ‘Fragmentado’ (2016) e ‘Glass’ (2019), de M. Night Shyamalan. Também estrelou o longa ‘Emma’, e fez parte do elenco da série ‘Peaky Blinders”. No momento, ela está rodando The Northman, de Robert Eggers, ao lado de Nicole Kidman e Alexander Skarsgård. Ela também estrela o spin off de Furiosa, como a jovem de Imperatriz Furiosa, originalmente vivida por Charlize Theron. Aguardem!

Confira mais looks de Beth Harmon na galeria abaixo:

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