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Mateus Solano em O Mistério de Irma Vap // Priscila Prade / Divulgação
Mateus Solano em O Mistério de Irma Vap // Priscila Prade / Divulgação

“O humor chegou na minha vida antes do drama. Comecei a fazer teatro porque sempre fui engraçado e as pessoas riam de mim. Sou uma pessoa engraçada antes de ser ator”, comenta Mateus Solano às vésperas de estrear o remake de O Mistério de Irma Vap, ao lado de Luis Miranda, no teatro Porto Seguro, em São Paulo. Aliás, o grande público já pôde conferir a verve comediante do ator em um de seus papéis mais populares na TV, o maldoso Félix, da novela “Amor à Vida”, e mais recentemente como o antológico Zé Bonitinho na ‘Nova Escolinha do Professor Raimundo’. Agora, trazer “O Mistério de Irma Vap” de volta à cena carrega uma dose altíssima de responsabilidade, afinal, a primeira montagem interpretada por Marco Nanini e Ney Latorraca, ficou 11 anos em cartaz a partir de novembro de 1986, e acabou até entrando para o Guinness Book of Records em 2003. A nova montagem, que se passa em um trem fantasma, estreia no próximo dia 12. Antes porém, batemos um papo exclusivo com Mateus Solano sobre a peça e mais. Vem!

Glamurama: Como está a expectativa às vésperas de estrear o remake do icônico “O Mistério de Irma Vap”? Quais as diferenças?
Mateus Solano: Essa versão de Irma Vap é uma grande homenagem ao teatro. Tudo está exposto, tanto que os contrarregras que fariam nossas trocas de roupa escondidos, viraram atores dentro desse cenário maluco. Não só trocam nossas roupas como também tocam músicas e são monstrinhos pertencentes a esse universo do trem fantasma. São muitas as diferenças dessa versão para a anterior. É mais fantasioso. Também fica exposta nossa forma de interpretar… Em determinado momento a gente pára de fazer o personagem e é o Mateus falando com o Luis. Depois voltamos para os personagens. Portanto é uma homenagem mesmo ao ‘fazer’ teatral, à construção e desconstrução de convenções na cara do público.

Glamurama: Como foi encarar o desafio das trocas de roupa, um dos pontos altos da peça?
MS: Essa é uma das grandes dificuldades. É um ‘vaudeville’ de trocas de roupas, e parte da graça está na rapidez com que os atores fazem isso. Mas nessa montagem esse não é o fator central. Boa parte das trocas é feita na frente da plateia, que vai poder ver toda a mágica acontecendo… e a mágica não deixa de acontecer por causa disso.

Glamurama: Imagino que a expectativa da plateia seja alta, por se tratar do remake de um grande sucesso. Como está lidando com isso?
MS: Temos que lidar com a expectativa mesmo. Uma releitura, ou coisa parecida, traz junto uma expectativa muito grande, isso pesa para o ator, com certeza. Da mesma forma que interpretar o Zé Bonitinho na televisão foi um peso extra, fazer uma nova montagem de Irma Vap, que tem uma história tão bonita no teatro brasileiro, uma montagem que durou 11 anos com o mesmo elenco, criou uma dificuldade a mais em todo o processo, claro.

Glamurama: Além de Irma Vap, quais seus outros planos para 2019?
MS: Outro lance bem bacana deste ano é “O Anjo de Hamburgo”, série de 10 capítulos dirigida por Jayme Monjardim e escrita por Mario Teixeira. Será a primeira parceria da Globo com a Sony (parceria que tem como objetivo expandir os as atividades da Globo no mercado internacional), com elenco internacional e falada em inglês. Vou interpretar o maior escritor brasileiro de todos os tempos João Guimarães Rosa – a história resgata a trajetória de Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, mulher do escritor, que, enquanto funcionária do Itamaraty, ajudou judeus perseguidos pelo regime nazista de Adolf Hitler a fugirem para o Brasil, e, além de Mateus, terá no elenco Sophie Charlotte, Fernanda Montenegro, Jayme Matarazzo,Reynaldo Gianecchini e Tony Ramos. (por Carla Julien Stagni)

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