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Letrux em ‘Vai Brotar’ || Divulgação
Letrux em ‘Vai Brotar’ || Divulgação
A carioca Letrux está preparando surpresa das boas para seu próximo lançamento! Nesta sexta-feira sai do forno o clipe da música ‘Vai Brotar’, que faz parte do terceiro álbum da cantora lançado, ‘Letrux: Aos Prantos’. A música, que tem uma pegada mais dançante, ganhou versão audiovisual pouco antes da cantora voltar ao Rio de Janeiro após passar três meses em isolamento na serra fluminense. Glamurama, que adora uma novidade, bateu um papo com Letrux e adianta alguns detalhes da nova produção: “Esse vídeo é uma ode à natureza e suas verdadeiras proteções. Estávamos rodeados de cachoeira e mata, que são símbolos fortes”. Ela também falou de seu processo criativo durante a quarentena e como está lidando com o confinamento.
Glamurama: Por que seu álbum se chama “Letrux: Aos Prantos”?
Letrux: Gosto de nomes que mostram estados. No primeiro disco solo eu estava num estado de ‘climão’… no segundo, por conta da vida, por conta da política do país, por conta do avanço do fascismo e do cinismo, me encontrei num estado de prantos. As composições vieram desse lugar.
 
Glamurama: Qual a inspiração para seu novo clipe, “Vai Brotar”?
Letrux: Hilnando SM e Liana Nigri são artistas maravilhosos com quem sempre quis trabalhar, mas agendas não permitiam. Eles também estavam quarentenados na serra, próximos a mim, então, com todo cuidado, até porque Liana está grávida de 6 meses, fizemos esse vídeo que é uma ode às verdadeiras proteções da natureza. Estávamos rodeados de cachoeira e mata, que são símbolos fortes.

Glamurama: Que mensagem você quer passar com a música e o clipe?
Letrux: Deixo claro que enquanto algumas pessoas ficam cínicas e preocupadas com coisas mesquinhas, estou tentando me direcionar pra lugares mais espirituais. No clipe protejo esse espaço sagrado da floresta de algum invasor ambicioso, com ajuda de entidades femininas. É preciso tirar o dia para ver gente, como diz a letra. Uma pena a pandemia não nos deixar viver essa experiência humana.
 
Glamurama: Mesmo com o fato da música já existir, seu novo clipe teve alguma influência dessa fase que estamos vivendo?
Letrux: Acho que de alguma maneira sim, porque há uma sensação de proteção no clipe, de defender um lugar, um espaço. O respeito a isso.E no início da pandemia logo vimos quem estava protegendo a si, ou seus semelhantes, e quem não estava respeitando nada.
 
Glamurama: ‘Vai Brotar’ tem algum aspecto que se diferencia das outras faixas do seu álbum? Ela tem uma pegada mais dançante, né?
Letrux: Gosto de fazer álbuns que eu gostaria de ouvir. Não sou uma pessoa só dançante, assim como também não sou só melancólica, gosto de discos que são “passeios completos”. Tenho variações de clima, portanto sempre há de ter uma música dançante e calhou de ser essa. 
 
Glamurama: Como foram esses três meses de isolamento na serra? 
Letrux: Foram importantes para não surtar. Eu estava com muita energia de lançamento, de colocar pra fora e de repente senti o chão se abrir, e eu fiquei caindo, caindo, caindo, sem fim. Não sei se foram dias produtivos. Não criei uma música, nem nada. Não era essa minha cabeça. Só estava mesmo triste e assustada com tudo, enquanto rasgava minha agenda do ano. Mas com amor, força e respiro, estamos aí esperando, entendendo e torcendo para a ciência descobrir a vacina. 
 
Glamurama: Rolou ansiedade, angústia? Como lidou com os sentimentos?
Letrux: Rolou, claro. Surtos, crises, tudo. Quem não sentiu isso, poxa…parabéns! (risos) Não tem como, né? Muito duro, muito difícil. Notícias de mortes todos os dias, falta de respeito do governo, dos cidadãos que apoiam. Um horror, um descaso. E a gente vendo nossos planos do ano irem pelo ralo, não é fácil. Mesmo com terapia, amor, amizades, yoga  – eu nem faço, só tô citando mesmo –  não é fácil. Montanha russa real. Lidei de uma forma que já me conheço com resultados: análise, álcool, arte, amor. 
 
Glamurama: Tem projetos e planos pra adaptar sua carreira a esse novo momento? 
Letrux: É tudo muito novo ainda. Estamos começando a voltar para a superfície e tentando entender o que pode ser feito. Complicado ainda. Mas vamos com fé e ideias. 

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