Letícia Spiller solta a voz: quer gravar um CD, ter mais um filho, casar… fala sobre drogas e sua próxima novela

Letícia Spiller || Créditos: Reproução

Aos 44 anos, Letícia Spiller tem mostrado vertentes artísticas que vão muito além da atriz. Mãe de dois filhos, Pedro Novaes, 21 anos, e Stella Loureiro, 7, ela se prepara para lançar seu primeiro livro de poemas, “Mais de Mim”, ao mesmo tempo que engrena com sua carreira de cantora e pensa em lançar um CD. Além disso já acertou sua volta às novelas como irmã de Lilia Cabral em “O Sétimo Guardião”, próxima atração das 21h da Globo, que estreia em novembro. 

Apesar da agenda cheia, a vida pessoal vai bem, obrigada. Letícia mora com o namorado, o uruguaio Pablo Vares, seu parceiro musical, e não descarta a possibilidade de oficializar a união em breve, e até de ser mãe novamente, tá! Quando perguntamos sobre o ocorrido com Pedro, seu primogênito, que no início do mês foi preso por porte de maconha no Rio, Letícia considera que foi “uma demonstração de poder” desnecessária. Esse assunto e muitos outros na entrevista que ela deu ao Glamurama. Vem!

Glamurama: Como rolou sua entrada na música? 
Letícia Spiller: “Quando estava grávida de Stella, há sete anos, fui convidada pra fazer um musical de Pedro Kosovski, que exigiu de mim aulas de canto. Pratiquei com Patrícia Maia, quem me encorajou a cantar com a voz de ‘peito’. Não conhecia esse meu potencial, tinha medo, e Patrícia dizia: ‘Você ainda vai ter uma banda, Letícia e seus Spillers! (Risos) Hoje me apresento com o coletivo Em Camino, um grupo de seis artistas – entre eles eu e Pablo, meu namorado -, com performances de dança e música, e no projeto InFusión, uma fusão de ritmos e culturas.”

Glamurama: Você cuida da voz?
Letícia Spiller: “Com certeza. Sempre faço exercícios de aquecimento, nebulização, sou ‘a paranoica’, a mais disciplinada nesse sentido. Tenho uma exigência comigo mesmo que por um lado é bom, e por outro pode ate prejudicar.”

Glamurama: Pensa em gravar um CD?
Letícia Spiller: “Estamos pensando sim.”

Glamurama: Você vai integrar o elenco de “O Sétimo Guardião”. O que já sabe sobre o papel?
Letícia Spiller: “Não sei nada ainda! Parece que essa novela vai ser engraçada porque gira em torno de um realismo fantástico, com um roteiro mais leve. Estou esperançosa que vai ser essa pegada, acho que estamos precisando. Vou ser a irmã mais velha de Lilia Cabral e bebo uma água milagrosa da juventude. As gravações começam entre julho e agosto, e estreia em novembro.”

Glamurama: Você tem filhos com idades muito diferentes. Aconselha essa distância entre uma gravidez e outra?
Letícia Spiller: “Depende do momento de vida de cada um. Tive o Pedro muito jovem, aos 23 anos, então pude dar esse tempo que foi grande demais até, mas foi bom pra mim. Dei muita sorte com os pais dos meus filhos [Marcello Novaes e Lucas Loureiro]… Eles são paizões e cuidam de seus filhos muito bem. Pedro desde os 16 mora mais como pai do que comigo, ainda bem que moramos pertinho aqui no Rio.”

Glamurama: Pensa em ser mãe novamente?
Letícia Spiller: “Penso, mas não estou tendo muito tempo! (Risos) Tô bem louca com esses shows.”

Glamurama: Considera adoção?
Letícia Spiller: “Considero, mas mais pra frente.”.”

Glamurama: Seu filho foi preso recentemente com uma pequena quantidade de maconha. Como foi vê-lo nessa situação?
Letícia Spiller:
 “Achei a ação desnecessária! Tinha criança no carro, foi uma demonstração de poder. Prefiro nem comentar porque tem tanta coisa legal para as pessoas conhecerem do meu filho… ele é um superartista. Confio nele mais do que qualquer outra pessoa. É um cara do bem, super saudável e não entra nessa furada de drogas e bebida.”

Glamurama: Você é a favor da liberação da maconha?
Letícia Spiller: “Acredito que liberar seria melhor porque a gente não daria tanta força ao poder paralelo que existe por aí em torno do tráfico drogas, até porque é comprovado que maconha é benéfica pra muitas coisas, inclusive Parkinson e paralisia cerebral. Mas tudo na vida tem que ter um equilíbrio. A maconha pode ser nociva sim, pra alguns, mas acho que a pior droga que existe no mundo é o álcool. Já perdi gente na família por causa da bebida, portanto acho hipócrita dizer que bebida pode e maconha não”.

Glamurama: Mudando de assunto… Aos 44 anos você continua sendo referência de beleza. A que atribui isso?
Letícia Spiller: “Que bom, né? (Risos) Que Deus conserve mais alguns anos. Acho que é um conjunto de fatores, como me alimentar bem, tomar muita água, fazer exercícios sempre… coisas que eu faço porque gosto e porque me faz bem”.

Glamurama: Faz alguma dieta? 
Letícia Spiller: “Como muitas frutas, legumes e verduras, e também carboidrato – adoro um arroz com feijão de vez em quando! Procuro ser saudável para, de vez em quando, sair da dieta. Como de tudo com equilíbrio e procuro evitar gordura e fritura, mas às vezes rola um pastel com caldo de cana!”

Glamurama: Como cuida do corpo e do espírito?
Letícia Spiller: “Há 10 anos faço ritos tibetanos que misturam posturas da ioga com meditação e não duram mais do que cinco minutos. Procuro ter esse momento zen antes do café da manha, em jejum, pois esses ritos fazem o metabolismo girar. Tanto que o banho deve ser tomado antes, pois o calor é  o grande barato da prática e deve ser mantido no corpo. Da forma física cuido praticando de duas a três vezes por semana exercícios como aeróbicos clássicos, musculação e dança.”

Glamurama: É adepta dos suplementos? Se sim, quais?
Letícia Spiller: “Sim, gosto de tomar Ömega 3 e colágeno com vitamina C antes de dormir.”

Glamurama: Em tempos de empoderamento feminino, você cria seus filhos sob essa ótica de direitos iguais entre os sexos? 
Letícia Spiller: “Em casa sempre foi assim… E percebo essa nova geração bem menos preconceituosa, menos machista, com mais respeito e tolerância pelo outro.”

Glamurama: Você e Pablo pensam em oficializar a união?
Letícia Spiller: “Casamento já ta rolando, né, mas penso em oficializar. Vai ser uma coisa muito íntima.”

Glamurama: Como tem sido sua rotina no Rio, uma cidade que tem passado por tantos problemas nos últimos meses? 
Letícia Spiller: “Houve uma mudança de comportamento geral. Se eu tiver que sair à noite e voltar de madrugada, por exemplo, vou de táxi porque não quero dar bobeira sozinha por aí. Fico muito triste com essa realidade violenta do nosso país, porque não é só no Rio de Janeiro… muitas cidades são tão violentas quanto e a gente nem fica sabendo. É uma pena que o Rio, que tem um potencial turístico gigantesco, esteja desse jeito. A gente vive com medo, e o medo é uma forma de dominação.”

Glamurama: Estamos em ano eleitoral. Algum recado para seus fãs?
Letícia Spiller: “Para as eleições eu digo: já que a gente tem que votar, então que seja com muita consciência, em candidatos de caráter. Não devemos nos deixar levar pela imagem, popularidade ou discurso. Pesquisem a fundo. Vamos nos unir pra que a gente consiga eleger um bom líder, alguém que pense no povo e não só em si mesmo. É a partir de uma boa educação que se faz uma nação. É muito ‘melhor’ dominar uma massa ignorante, que não tem escola e opinião, então vamos nos atentar pra isso. Atualmente os dois lados, tanto direita quando esquerda, são ruins. Tem que nascer uma outra coisa, que possa nos dar esperança, porque tá todo mundo muito decepcionado. Eu pago impostos, e não são poucos, e estamos longe de ter educação e saúde de qualidade. Isso me revolta muito.” (Por Julia Moura)

 

 

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