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Paul McCartney || Créditos: Getty Images
Paul McCartney || Créditos: Getty Images

O dia 10 de abril de 1970 – há exatos 48 anos – entrou em uma lista publicada em 2011 pelo jornal inglês “The Guardian” com os 50 momentos mais cruciais da história do rock. Também pudera, já que foi a data fatídica em que Paul McCartney anunciou sua saída dos Beatles, a banda que revolucionou a música e continua sendo até hoje uma das mais importantes e cultuadas do gênero musical e “tão conhecida quanto Jesus Cristo”, como já disseram os mais entusiasmados.

Não que fosse novidade: outros roqueiros, explicou o Guardian, haviam dado adeus a grupos nos quais encontraram a fama, mas pela primeira vez até então a decisão de um “bandmate” de seguir caminho profissional diferente ganhava as manchetes mundiais. Apesar de não ter sido o primeiro a abandonar o barco (George Harrison inaugurou a era ex dos “ex-Beatle” em 1968, seguido no ano seguinte por John Lennon), McCartney foi o mais crucificado do quarteto.

Além de tudo ter acabado com ele, McCartney sempre foi considerado o “moderador” entre os colegas, aquele que acalmava os ânimos quando a temperatura esquentava, o que é comum em se tratando de mentes criativas que se unem para produzir. Se algo deu errado, a culpa só podia ter sido dele, argumentavam alguns fãs. Na época, houve quem duvidasse que o pai Stella McCartney faria sucesso sozinho, mas eles estavam redondamente enganados…

Pra provar isso, Glamurama lista a seguir os melhores momentos do criador de hits como “Live and Let Die” e “Maybe I’m Amazed” em sua carreira solo de quase cinco décadas. Confira:

No começo da carreira de “ex-Beatle” || Créditos: Getty Images

1970s

No começo, McCartney sofreu com sua saída dos Beatles e até recorreu à bebida, conforme revelou em 2016. Mas a “bad” não durou muito, e logo ele estava na estrada com sua nova banda, “Wings”, além de trabalhos individuais. Foi nessa década que ele lançou “Mull of Kintyre”, o primeiro single que vendeu mais de dois milhões de cópias no Reino Unido, e “Live and Let Die”, trilha sonora de “Com 007 Viva e Deixe Morrer”, uma espécie de hino não oficial daqueles anos. No total, o músico conquistou sete álbuns de platina nos anos 1970, emplacou quatro na posição número um dos mais vendidos e teve seis singles no topo das paradas de sucesso. Se isso é estar na pior…

Com Michael Jackson, gravando uma das faixas de “Thriller” || Créditos: Getty Images

1980s

Os gostos musicais mudaram da água para o vinho a partir de 1980, e McCartney – que além do talento sempre entendeu muito bem dos altos e baixos do mercado – logo se adaptou. Foi quando roqueiros penaram para se adaptarem ao novo mundo dos sintetizadores, das baterias elétricas e do rap, que começava a sair dos guetos. Menos McCartney, que aproveitou para lançar sua primeira turnê global em anos e para fazer parcerias musicais, como aquela na qual dividiu o microfone com Stevie Wonder em “Ebony and Ivory”. Outra sacada boa dele nos oitentinha foi participar de um certo álbum chamado “Thriller”, que saiu em 1982, fazendo dueto com Michael Jackson.

Linda, o amor de décadas, que inspirou um dos melhores álbuns dele || Créditos: Getty Images

1990s

Neles, McCartney viveu momentos de experimentação, lançou álbuns clássicos e de música eletrônica e, em outubro de 1999 presenteou o mundo com “Run Devil Run”, para muitos seu melhor álbum solo. Foi também um trabalho superbiográfico, com faixas originais e releituras de canções obscuras da década de 1950, quando o ex-Beatle era adolescente. O clima mais triste se explica pelo fato de que, pouco mais  de um ano antes, ele tinha perdido para o câncer a mulher, a fotógrafa Linda McCartney, com quem foi casado por quase trinta anos. McCartney fechou a década com um show em homenagem a ela, “A Concert For Linda”, que lotou o Royal Albert Hall de Londres.

No mega-show “A Concert For New York”, em 2001 || Créditos: Getty Images

2000s

Todo mundo lembra onde estava no dia 11 de setembro de 2001, quando aconteceu o ataque às Torres Gêmeas em Nova York. Principalmente McCartney, que acompanhou tudo por uma televisão do aeroporto JFK, o mais conhecido da cidade. Sensibilizado pela tragédia que viu quase de perto, ele organizou o “Concert for New York City” em prol das vítimas e reuniu um time poderoso de artistas, que incluiu de Billy Joel a David Bowie, e para o qual gravou “Freedom”, com Eric Clapton na guitarra. De quebra, McCartney se tornou uma das primeiras celebs com página oficial no Facebook, que surgiu em 2004, e que conta com quase 6,9 milhões de seguidores atualmente.

O cantor na abertura das Olimpíadas de 2012, em Londres || Créditos: Getty Images

2010s

De ex-Beatle a “setentão”, McCartney completou 70 primaveras em 2012, firme e forte na posição de um dos músicos mais requisitados do planeta e dono de uma fortuna estimada em quase US$ 1 bilhão (R$ 3,4 bilhões). Fã declarado de redes sociais, passou a usar o Twitter para expressar opiniões e manter contato com seu público e, em razão disso, se tornou um dos famosos mais ativos do microblog. Também foi nessa década que ele fez três de seus maiores shows: fechou as comemorações do Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, se apresentou com ex-integrantes do Nirvana e, em troca de um cachê simbólico de £ 1 (R$ 4,80), roubou a cena na abertura das Olimpíadas de Londres, há seis anos, diante de um público de 900 milhões de telespectadores. (Por Anderson Antunes)

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