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Cesca Civita e Yan Carpenter // Reprodução

por Cesca Civita*

No meio da loucura da pandemia aqui no Brasil, no dia 8 de junho uma foto viralizou nas redes, mais precisamente no Instagram. A imagem rodou o mundo, foi parar no Fantástico e atravessou o Atlântico. O autor do clique foi convidado para falar em TVs na Europa e fez TED Talk no Brasil. Isso sem contar as mais de 100 entrevistas que deu para jornais, revistas e programas de rádio.

Um breve clique mexeu com o mundo virtual e despertou o Brasil real. Enquanto nos Estados Unidos as pessoas saiam às ruas, revoltadas com o racismo e morte de George Floyd, aqui, um menino, morador da comunidade (vulgo favela) do Rio das Pedras, entrava num ônibus no Rio de Janeiro à caminho do trabalho em uma hamburgueria. Primeiro dia da abertura do comércio no Estado, pessoas prontas a se arriscar e, talvez, contrair o vírus da Covid-19 em troca de alimento para a família e condições de pagar as contas do mês.

O que Yan Carpenter viu naquele dia foi violento e, como fotógrafo instintivo que é, registrou o que lhe pareceu o absurdo da vida. Uma multidão mascarada, vinda da sociedade marginalizada, fruto de racismo, espremida sem ar, afogada no suor alheio pronta para viver ou morrer pelo seu emprego. Uma tragédia. Yan viu tudo isso e num instante, como sempre fez e faz, congelou aquele momento. Quem se aventurar pelo Instagram do @yanncarpenter, como muitas pessoas fizeram, inclusive eu, vai descobrir fotografias ainda mais sensacionais, pura arte.

Os retratos são só emoção e a forma como ele transforma o lugar o feio em uma imagem bela é impressionante! Mas o que chamou mesmo a atenção da ‘influencer’ aqui, foram os seus cliques de moda, que ele posta no perfil @mefotografayan . Fiquei impactada com a forma como ele retrata seus personagens, e transmite o recado. Já fui fotografada por gente muito talentosa e profissional, sei reconhecer um bom resultado e diferenciar um excelente trabalho.

Yan produz um excelente resultado e não tive dúvida quando vi, mas minha questão foi, ‘por que ele não está no mercado entre os melhores, os grandes e os famosos?’ Claramente porque não teve a oportunidade e ninguém lhe deu uma chance. Foi aí que pensei, ‘quero esse cara me fotografando’, tenho certeza que ele vai saber me retratar exatamente como sou e vou poder dar à ele um espaço para exibir seu talento único.

Pois é gente, as fotos rolaram e fiquei mais chocada ainda com o resultado. Fotos incríveis… vocês terão a oportunidade de ver. E além desse show de talento, senti um prazer enorme de dar minha página no Instagram para ele. Ser ponte entre talento e mercado, ‘favela e museu’, como diz meu outro ídolo, Eduardo Lyra, da Gerando Falcões, é a melhor sensação que já senti. Na verdade essa ponte tem duas mãos, porque ao mesmo tempo que dei esta oportunidade ao Yan, também dei aos meus seguidores a possibilidade de conhecer um artista incrível. E foi assim…

Yan chegou em São Paulo, conheceu o Edu e acabou sendo contratado para registrar a vida nas comunidades em nome da Gerando Falcões, de um jeito lindo e poético que só ele sabe. Nas horas vagas, ele vai bombar como o maior fotógrafo de moda e retratista do Brasil… e eu vou lutar junto com ele para que isso aconteça! (*Cesca Civita é criadora de conteúdo digital, formada em Global Marketing Management pela Regents University de Londres, cidadã do mundo e apreciadora do inédito)

Dá uma espiada na galeria abaixo:

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