Filho do ex-Beatle Ringo Starr, Zak Starkey passa temporada no Brasil e dá a letra para o Glamurama: “Ele me ensinou a fazer música com paixão”

Zak Starkey e Sharna Liguz em Trancoso || Créditos: Divulgação

Zak Starkey é tão apaixonado pelo Brasil que desembarcou por aqui para curtir dias de dolce far niente… colocar a mão na massa. Filho do ex-Beatle Ringo Starr, ele escolheu Trancoso para passar a virada do ano. Após a temporada de sol e mar, ele e a mulher Sharna ‘Sshh’ Liguz estão prontos para seguir em turnê pelo país com a banda Sshh.

Em papo com Glamurama, o casal entrega os projetos para 2020 e Zak fala da influência do pai em sua carreira: “Me ensinou a fazer música com paixão”.

Glamurama: Como começou esse projeto junto com Sharna?
Zak: Escutamos o Covil do Flow (coletivo de rap carioca) quando estávamos no Rio de Janeiro fazendo divulgação do álbum ‘Red Gold Green & Blue’ – que reúne um timaço de cantores de reggae – em julho do ano passado. Fomos ao estúdio na favela da Rocinha, não falávamos português, nem eles inglês, mas todos se entendiam pela linguagem da música. E foi ótimo! Foi quando decidimos iniciar o nosso projeto Trojan Brasil, que foca na cena musical da América Latina. Na mesma viagem, fomos apresentados ao BNegão, com quem imediatamente vibramos musicalmente, socialmente, filosoficamente e ambientalmente.

Glamurama: Quantas vezes vocês já vieram para o Brasil?
Zak: Já estivemos no Brasil quatro vezes. Em 2017, vim como baterista do The Who para o Rock in Rio e show em São Paulo. Também tocamos com o Beachcombers no Rio.

Glamurama: Tem um músico ou banda brasileira favorita?
Zak: Escolher os favoritos da música brasileira é difícil. Tem muito talento, mas vamos tentar (risos)… O Planet Hemp é uma ótima banda. Eles são uma força da natureza, o Cypress Hill brasileiro. Recentemente descobrimos o Barbatuques em uma festa durante nossas férias. Eles têm um som tão forte, parecem modernos, mas são tradicionais. Outra grande banda brasileira é o The Beachcombers. Tem uma energia realmente emocionante. Vi pela primeira vez no calçadão do Rio, anos atrás. O Covil do Flow  é um coletivo incrível de rappers da Rocinha, que acaba de assinar com o selo Trojan Brasil. Logo teremos mais novidades com esses caras. Sem mencionar os artistas clássicos como Gilberto Gil, Tim Maia e Jorge Ben Jor…

Glamurama: O que vocês mais curtem no Brasil?
Zak: Amamos como a música está enraizada na cultura. Quase sempre tem música tocando, está em todo lugar! A beleza da música é o poder que ela tem de aproximar as pessoas, seja para romper a barreira do idioma ou socialmente falando. A música não discrimina. Como o amor, ela é cega.

Glamurama: Quais os projetos para 2020?
Zak: O Trojan terá vários lançamentos em 2020. Terminamos 2019 assinando com os jamaicanos do Toots & The Maytals e gravando um novo álbum para lançamento mundial em março. Também estamos empolgados para o público escutar o próximo single da Sshh com participação do BNegão,  que será lançado no final de janeiro. No início de fevereiro sai o single do jamaicano U-Roy, ‘Wake the Town’,  e o álbum ‘Solid Gold U-Roy’, com convidados muito especiais, como Ziggy Marley, Shaggy, Santigold, entre outros.

Glamurama: Seu pai, Ringo Starr, é um dos nomes mais famosos da música mundial. Quais ensinamentos ele te passou?
Zak: Dentre vários aspectos, ele me apresentou ao blues, o que foi uma grande influência pra mim. Me ensinou também a ter integridade musical e fazer música com paixão. (por Luzara Pinho)

Ringo Starr e Zak Starkey || Reprodução

 

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