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Fabiula Nascimento e Fabricio Boliveira nos bastidores de “Segundo Sol”, em clique de Luis Lobianco || Créditos: Reprodução/ Instagram
Fabiula Nascimento e Fabricio Boliveira nos bastidores de “Segundo Sol”, em clique de Luis Lobianco || Créditos: Reprodução/ Instagram

Logo no começo de “Segundo Sol”, Fabricio Boliveira bateu um papo com o Glamurama sobre seu Roberval, papel central na trama, e sobre racismo na TV: “Não aceito ser pano de fundo para os outros”, nos disse. Agora, na reta final da novela, com o sucesso consolidado do personagem e muitas questões do negro na sociedade que a história levantou, que balanço o ator faz? “Essa era uma das minhas questões, não ser pano de fundo, mas existem outras. A sensação hoje é de troca, de diálogo. Fico muito feliz de poder conversar e também propor coisas ao diretor, a outro ator, ao autor. E depois ver que as pessoas estão respondendo de algum jeito, que aquilo está chegando ao telespectador. Isso pra mim é o maior prazer”.

Sobre o desenrolar da trama… “Estou junto com todo mundo, acompanhando a história, tentando fazer uma coisinha ali que crie diálogo. Mas também não sei pra onde ele vai. É sempre uma incógnita a novela”.

Fabricio Boliveira na pele de Roberval || Créditos: Reprodução

Afinal, Roberval é do bem ou do mal, hein? A gente tem acompanhado uma mudança de postura dele com a Cacau [Fabiula Nascimento], que seria seu par romântico, se dá pra chamar assim… E com a mãe dele também… “Eu acho que o Roberval está muito afrente de maniqueísmos, de bem ou mal. Acho que ele é humano, e está tentando viver, tentando curar os problemas dele, sabe? Acho que tem uma coisa muito linda em Roberval: ele está conectado com os traumas dele. Aparenta menos, talvez, mas ele está completamente conectado com suas dores. E talvez seja um lugar interessante de autoconhecimento, de pensar uma nova vida”.

Isis Valverde e Fabricio Boliveira em “Simonal” || Créditos: Reprodução

Será que ele supera esses traumas? “João Emanuel, conta pra gente?”, brinca Fabricio, que também vai mostrar uma história envolvendo racismo no cinema, dando vida a Simonal. Sobre a importância desse tipo de plataforma para discutir a sociedade… “A arte nos dá essa possibilidade de mudança, tem uma função enorme na transformação da sociedade… Repensar novos conteúdos, caminhos, linguagens. Oportunidade da gente se ouvir… A gente não pode esquecer: existe uma coisa estranha acontecendo, uns ataques. Gente, não sei como uma sociedade pode sobreviver sem arte. Mesmo, de verdade. Sem refletir sobre si próprio. O que a gente faz é também espelho de uma sociedade. É uma possibilidade de reflexão e a gente tem que estar muito conectado com isso… Para poder pensar novos lugares”. (por Michelle Licory)

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