Uma das maiores – e mais cobiçadas – coleções particulares de quadros assinados por Andy Warhol está nas mãos de uma lendária atriz que foi bastante próxima do artista americano morto em 1987, e que nesta segunda-feira completaria 90 primaveras: a sortuda é Liza Minnelli, retratada por ele em uma série de “portraits” que colocou à venda em 2016 pelo valor total de US$ 40 milhões (R$ 148,3 milhões), mas que poderia valer mais de US$ 150 milhões (R$ 556 milhões).
Maior nome da pop art, Warhol sempre teve todos os requisitos necessários para que seus trabalhos se tornassem itens desejados tanto por gente que é simplesmente fã da obra dele quanto por aqueles que investem em arte visando o lucro. Controverso, icônico e gay assumido em uma época na qual isso ainda era tabu, o autor da expressão “15 minutos de fama” hoje é sinônimo de commodity no mundo da pinturas e afins.
E já que é o aniversário de Warhol, Glamurama pega carona na data para listar os 5 quadros mais caros dele já vendidos em leilão, e a história por trás de cada um. Continua lendo… (Por Anderson Antunes)
“Eight Elvises”, 1963, R$ 416,3 milhões
O quadro mais mais de Warhol foi feito em homenagem a Elvis Presley. Composto por seis imagens idênticas do rei do rock extraídas do filme “Estrela de Fogo”, todas tratadas pelo artista com seus toques particulares de genialidade, foi feito em 1963 para ser exibido no mesmo ano na Ferus Gallery de Los Angeles. Seu dono durante mais de 40 anos foi o colecionador italiano Annibale Berlingieri, que o vendeu em 2008 para o governo do Catar por US$ 100 milhões/R$ 370,7 milhões (US$ 112,3 milhões/R$ 416,3 milhões em valores atualizados pela inflação do período).
“Silver Car Crash (Double Disaster)”, 1963, R$ 407,4 milhões
Também de 1963, a serigrafia assinada por Warhol causou polêmica quando foi revelada ao mundo. Trata-se basicamente de uma imagem que mostra um corpo humano destruído por um acidente de carro, e é parte da coleção “Death and Disaster” dele. Pertenceu a um colecionador europeu durante 20 anos, até ser vendido em um leilão da Sotheby’s organizado em 2013 por US$ 105,4 milhões/R$ 390,7 milhões (US$ 109,9 milhões/R$ 407,4 milhões em valores atualizados pela inflação do período), bem mais do que as estimativas iniciais.
“Triple Elvis”, 1963, R$ 311 milhões
Já deu pra perceber que Warhol era fã de Elvis, né? O terceiro quadro mais caro dele também foi produzido tendo o cantor como “muso”, em 1963. Como o nome indica, a obra mostra o intérprete de “Love Me Tender” em sequência tripla, segurando uma arma e a apontando para a câmera, um dos cliques mais famosos dele. Foi vendida em um
leilão da Christie’s de Nova York há quatro anos, por US$ 81,9 milhões/R$ 303,6 milhões (US$ 83,9 milhões/R$ 311 milhões em valores atualizados pela inflação do período). “Triple Elvis” tem uma “prima”, a “Double Elvis”, que atualmente está exposta no MoMA de NY.
“Green Car Crash”, 1963, R$ 304,3 milhões
Considerado um dos quadros mais representativos da cultura pop, também faz parte da coleção “Death and Disaster” e foi inspirado em fotos de John Whitehead publicadas pela “Newsweek” no começo dos anos 1960, sobre um motorista de Seatlle que foi perseguido pela polícia de lá e acabou batendo em um poste a 97 km/h. Longe dos olhares do público por mais de 30 anos, foi comprado em um leilão da Christie’s de Nova York de 2007 por US$ 71,7 milhões/R$ 265,8 milhões (US$ 82,1 milhões/R$ 304,3 milhões em valores atualizados pela inflação do período) para o bilionário grego Philip Niarchos. A estimativa inicial da casa de leilões era de “apenas” US$ 25 milhões/R$ 92,7 milhões.
“Four Marlons”, 1966, R$ 264,3 milhões
Assinado e datado por Warhol, o quadro é outra homenagem do artista a um de seus ídolos, o também lendário Marlon Brando. Nele o ator aparece na maior pose de galã de seus anos de glória, em uma tela que mede 205,7 cm por 165,7 cm. Foi a leilão pela Christie’s de Nova York em 2014 e atraiu interessados do mundo inteiro. No fim, acabou trocando de mãos por US$ 69,6 milhões/R$ 258 milhões (US$ 71,3 milhões/R$ 264,3 milhões em valores atualizados pela inflação do período). Quem o vendeu no martelo foram os donos da operadora de cassinos alemã WestSpiel.