Simone e Simaria são inseparáveis, e não apenas porque são irmãs. As coleguinhas, como são conhecidas por seus fãs, estão entre as duplas sertanejas mais famosas do Brasil, somando milhões de seguidores nas redes sociais e 1 bilhão visualizações no Youtube. Baianas de Uibaí, elas são unha e carne. Aos 14 anos, em 1996, Simaria foi aprovada nos testes para ser backing vocal da banda de Frank Aguiar. Em 1998, foi a vez de Simone se juntar ao time.
Apesar de terem começado a pensar em formar uma dupla em 2004, foi só em 2012 que as irmãs lançaram o primeiro disco, intitulado ‘As Coleguinhas – Vol. 1’. De lá pra cá, elas não saíram da mídia. Dentro de um gênero até poucos anos atrás predominantemente masculino, as cantoras dizem que sempre foram bem recebidas no meio sertanejo, mas sofreram preconceito quando estavam no forró. “No inicio, quando ainda cantávamos forró, sofremos muito preconceito. Povo falando que nunca íamos dar certo à frente de uma banda porque éramos mulheres… ixi, tanta coisa aconteceu!”, desabafa Simaria.
Se posicionando à respeito da pressão social, assédio e toda a violência que as mulheres ainda sofrem, recentemente a dupla fez uma música e participou da campanha do Governo Federal para conscientizar e motivar as mulheres a denunciarem. “Violência psicológica, cárcere privado, controle financeiro e violência física. A gente não pode se calar. Estamos aqui para ajudar, para levar a informação, para incentivar que elas denunciem”, diz Simaria.
Sempre bem humoradas, Simone e Simaria passam muito tempo juntas, tanto na vida profissional, como na pessoal. E as brigas? Bem, quem fala sobre isso é Simone: “Brigas existem como em toda família e entre irmãos isso é normal. Mas passa 5 minutos, nem lembramos mais”. Confira a entrevista que a dupla deu ao Glamurama:
Glamurama: Recentemente vocês participaram da campanha do Governo Federal para conscientizar as mulheres sobre a importância de usar a voz como forma de protesto. Como foi?
Simaria: Essa causa é de extrema importância para todas nós, mulheres. Queremos poder ajudar essas milhares que sofrem com esse tipo de situação diariamente. Elas pensam que estão em uma relação de amor, mas, na verdade, estão sofrendo violência. De todos os tipos. Violência psicológica, cárcere privado, controle financeiro e violência física. A gente não pode se calar. Estamos aqui para ajudar, para levar a informação, para incentivar que elas denunciem.
Simone: Não podemos ter medo. A denúncia é anônima e atendida apenas por mulheres, que vão saber como ajudar.
Glamurama: Vocês são uma dupla sertaneja feminina em um meio ainda predominantemente masculino. Sofrem algum tipo de preconceito?
Simone: Graças a Deus nunca sofremos preconceito dentro do sertanejo. Muito pelo contrario, sempre fomos muito respeitadas.
Glamurama: E no início?
Simaria: Sim, no inicio, quando ainda cantávamos forró, sofremos muito preconceito. Povo falando que nunca íamos dar certo à frente de uma banda porque éramos mulheres… ixi, tanta coisa aconteceu! Mas isso nunca nos intimidou. E como é bom poder olhar para trás e ver tudo o que construímos e conquistamos.
Glamurama: Quem foi a grande influência de vocês no início de carreira?
Simone: Desde pequenas ouvimos muito sertanejo. Milionário e José Rico, Zezé di Camargo e Luciano… nossas referências musicais quando pequenas sempre vieram do sertanejo.
Glamurama: Quais mulheres da música nacional e internacional são referência para vocês?
Simaria: São tantas. Temos que nos apoiar para fortalecer ainda mais o nosso meio. Roberta Miranda, as irmãs Galvão, Celine Dion, Shakira… ixi, a lista é grande!
Glamurama: Vocês estão sempre juntas… Brigam muito?
Simone: Sim, estamos sempre juntas e uma dá a vida pela outra. Brigas existem em toda família e entre irmãos isso é normal. Mas passa 5 minutos nem lembramos mais.
Glamurama: Simone, qual a maior qualidade e o maior defeito de Simaria?
Simone: Às vezes é difícil a Simaria ouvir o que a gente tem para dizer. Só depois é que ela vai assimilar o que a gente falou. Mas, em contrapartida, Simaria é muito humana, com um dos corações mais lindos que conheço.
Glamurama: Simaria, qual a maior qualidade e o maior defeito de Simone?
Simaria: Simone tem o maior coração do mundo. E um defeito, é preguiçosa.
Glamurama: Quais os planos para Natal e Ano Novo? Vão trabalhar?
Simaria: Natal procuramos sempre passar em família. Já há alguns anos pedimos para nosso escritório não vender shows nessa data por ser muito especial pra gente. Já no Ano novo, estaremos em Fortaleza, fazendo dois lindos shows para animar a entrada do ano dos nossos fãs por lá.
Glamurama: Planos para 2020….
Simone: Muito planos, coleguinhas! Estamos preparando muitas surpresas e novidades. A única coisa que podemos adiantar é que já estamos trabalhando a todo vapor para 2020 ser um ano ainda mais incrível.
Com vocês, Simone…
Aos 35 anos, Simone é mãe de Henry, de 6, fruto de seu relacionamento com Kaká Diniz. Com 22 milhões de seguidores no Instagram, a cantora vive compartilhando vídeos e cliques em família, além de fotos ao lado da irmã, Simaria, em shows.
Glamurama: Você comentou recentemente que gostaria de morar fora do país…
Simone: Eu amo o Brasil, amo minha casinha. Não temos nada lá fora e, sinceramente, não penso em morar lá fora não. Estou bem aqui!
Glamurama: Também disse que gostaria de engravidar em breve. Fale sobre isso.
Simone: Penso em ter mais um filho mais para frente. Não é nada pra agora!
Glamurama: Como era – na infância e adolescência – e como é sua relação com seu corpo?
Simone: Sempre fui encorpada, meu biotipo sempre foi ter coxão, mas era magrinha. Depois que tive filho acabei engordando e passei a ter dificuldade para emagrecer.
Simaria entra em cena…
Não dá para negar: Simaria adora uma boa conversa. Aos 37 anos, ela é mãe de Pawel, de 4 anos, e Giovanna, de 7. Um de seus grandes prazeres é curtir as coisas mais simples de vida e valorizar cada momento.
Glamurama: Como curte o tempo livre com a família?
Simaria: Amo estar em casa, com a família e fazer as coisas mais simples da vida. Brincar no parquinho, fazer piquenique…
Glamurama: Consegue ter algum tempo só para você?
Simaria: Sim, preciso ter né. Gosto muito de ouvir música, de fazer uma massagem relaxante, ler um bom livro… comecei a fazer yoga…
Glamurama: Você ficou muito doente. Já está totalmente reabilitada? Ou ainda precisa tomar algum cuidado especial.
Simaria: Precisamos sempre monitorar, afinal a tuberculose é uma doença que pode ser reativada no organismo. Hoje em dia estou ótima, mas sempre vigiando a minha saúde. Afinal, sem saúde não temos nada!
Glamurama: O que a doença mudou no seu jeito de ver o mundo e na sua vida de modo geral?
Simaria: Mudou muito a minha vida e minha forma de pensar. Diminuímos a quantidade de shows, passamos a ter mais tempo com a nossa família, tento não me estressar mais com certas coisas. Hoje em dia eu brinco, “Você quer ser feliz ou ter razão?” (risos) Vamos ser felizes, a vida é um sopro!
Glamurama: Pode nos dizer o que carrega na bolsa no seu dia a dia?
Simaria: Não pode faltar um belo óculos, batom e celular.