Na reta final de “Fina Estampa”, o cerco está se fechando em torno da vilã Tereza Cristina (Christiane Torloni), mas ela não desiste de cometer mais atrocidades. A lista de crimes da “Revoltada de Alexandria” é extensa. E sozinha, exceto pela companhia de seu fiel escudeiro Crô (Marcelo Serrado) – que prometeu jamais abandoná-la -, ela planeja o sequestro da rival, com o auxílio de Ferdinand (Carlos Machado). Tereza Cristina é uma personagem e tanto, e Torloni lembra dela com carinho da novela, mas sem aliviar para o lado da malvada.
Como você define a vilania de Tereza Cristina?
Ela é uma personagem que tem um desvio de personalidade. Não é uma pessoa boa ou má, ela realmente tem um desvio e não é de caráter, é de personalidade mesmo. Todos os crimes que ela cometeu ou encomendou são gravíssimos.
Ela cometeu muitos crimes ao lado do comparsa Ferdinand…
O grande problema da Tereza Cristina é que ela tem um péssimo assistente (risos). Quando coloca a mão na massa, ela resolve. Ela é muito eficiente. A grande falha trágica da personagem é ter o Ferdinand como assistente, pois é ele que vai deixando os rastros. E isso deve acontecer porque ela quer ser pega, já que o Ferdinand comete erros primários. Normalmente os personagens que têm esse desvio de personalidade, querem ser capturados. Em algum lugar essa pessoa quer ser resgatada.
Você coloca a personagem entre as suas principais?
A Tereza Cristina tem um lugar importante na minha galeria de vilãs e peruas. Um bom texto como o de “Fina Estampa” faz uma personagem ser muito mais saborosa e eu tenho muito carinho por esse trabalho.
Como você acha que a Tereza Cristina estaria lidando com as questões atuais?
Acho que ela daria um jeito de boicotar o uso de máscaras. Acredito que a Tereza Cristina é uma representante do que podemos chamar de politicamente incorreto. E, infelizmente, algo ainda muito atual.