Chay Suede conversou com o Glamurama essa terça-feira na première carioca de “O Banquete”. “Eu tenho que perguntar o que Daniela Thomas viu em mim… Faço um garçom que serve esse banquete, abre o filme… Um personagem misterioso: do início ao fim a gente não tem muita ideia do que ele significa. No meio daquele show de horrores, daquela carnificina. É um jogo de poder o tempo inteiro [existe um pano de fundo político e um confronto entre amantes e a mulher de um homem poderoso, que denuncia a corrupção do Collor], e o sexo muitas vezes é moeda de troca nesse roteiro. É um filme que faz várias analogias ao que a gente está vivendo hoje no Brasil e o que a gente vive como república. Nossa república e nossa democracia são muitos recentes”. Está esperançoso com as próximas eleições? “Eu sou muito otimista, vejo várias saídas, mas estou triste com as nossas possibilidades [entre os candidatos]”.
Teddy, seu papel no longa, é gay… “Não necessariamente gay. Tem que assistir pra tirar suas conclusões. Existe um assédio. Talvez consentido”.
“Como se tivesse sido feito pra mim”
E esse sucesso em “Segundo Sol”, hein? “Eu amo o Ícaro. Absolutamente. Um personagem muito rico, cheio de informações e possibilidades. Eu sinto isso, como se o personagem tivesse sido feito pra mim. É uma delícia fazer. Achar esse tom foi um processo. Muitas gírias eu trouxe para o texto com o consentimento do João Emanuel Carneiro [autor da novela], que tem muito a ver com as minhas amizades baianas”.
“…muito especial o que a gente está vivendo”
E essa química especial do seu núcleo? “A gente é muito amigo mesmo, então acho que, de alguma maneira, isso fica visível, e a gente teve um tempo de processo antes das gravações para estar junto, se preparar, e até definir quem ia falar quais gírias, e quais seriam compartilhadas, dependendo da classe social e da intenção desses personagens. Tudo foi sendo construído aos poucos, de maneira natural, e fica transparente que a gente está curtindo fazer, e mais do que isso, teve esse processo de estudo longo… Acho muito especial o que a gente está vivendo, e tem funcionado muito além da nossa amizade fora de cena. Se é inédito isso, nem sei se é importante”.
“‘O Brasil Que Eu Quero’ – amo esse meme”
Ícaro vive sem camisa e tem causado furor nas redes sociais. Os memes são ótimos, especialmente “Esse é o Brasil Que Eu Quero”, paródia com a campanha do “Jornal Nacional” por conta da tatuagem com o mapa do Brasil no braço esquerdo do ator… “O Brasil Que Eu Quero – amo esse meme, amo… Não ligo de mostrar o corpo”. A rotina de exercícios precisa estar em dia? “Fiz capoeira no início da novela para aprender, mas a gente grava seis vezes por semana, então não consigo mais praticar”. Sobre os elogios à boa forma e à malemolência do ator… “Tem cantada de homem, sim. De tudo, de todo mundo”.
“Não usaria essas palavras”
Chay cancelou o casamento marcado com Laura Neiva e não fala sobre o assunto. Tentamos ir pelas beiradas, pedindo para ele três palavras para definir sua vida pessoal atualmente. “Não tenho essas três palavras”. Bom, “eu estou solteiro” já são três palavras… “Não usaria essas palavras para definir minha vida pessoal hoje, não”. Mas a vida tá boa? “Tá ótima”.
“Acontece, mas não é demanda minha”
Comentamos que ele sabe que o público acompanha sua rede social – e a de Laura – como se fosse novela também, e que sempre fez torcida pela história dos dois, “shippa” o casal… E de repente tudo acaba. Natural a curiosidade sobre o que gerou esse novo capítulo… “Não é uma demanda minha. Acontece, mas não é demanda minha. Não respondo comentários, não troco ideia sobre isso nas redes sociais e nem leio”. (por Michelle Licory)