Caio Horowicz, que vive Marcello, filho de Hebe na TV, revela: ‘Quando Andrea (Beltrão) entrava no set, a gente via a Hebe, ela tinha a energia dela”

Caio Horowicz como Marcello, filho de Hebe Camargo // Divulgação

Um dos principais papéis que Hebe desempenhou durante a vida foi a maternidade. Seja em seus programas de televisão ou nas entrevistas que concedia, ela sempre fazia questão de destacar a adoração pelo filho, Marcello. Na série ‘Hebe’, que vai ao ar todas as quintas-feiras pela Globo, o público está podendo conferir alguns momentos da cumplicidade entre mãe e filho. O ator Caio Horowicz que vive Marcello na TV fala sobre seu personagem: “O Marcello tem uma história fascinante. Desde pequeno ele viu a mãe sendo uma estrela nacional. Ele tinha referência de ver a Hebe na TV. Imagino o que é você crescer vendo a sua mãe na TV, sendo reconhecida na rua diariamente. Se por um lado era muito significativo e importante para ele, por outro devia ser muito difícil”. Confira abaixo como foi para Caio viver o único filho de Hebe:

Como foi participar da série no papel do filho da Hebe, Marcello, uma das grandes paixões da vida dela?
Foi fantástico estar ao lado de um equipe tão especial, sob o comando do Maurício (Farias) que é um diretor sensacional, cuidadoso e muito aberto a escutar o que a gente pensa em relação ao personagem. Estive em várias leituras de roteiro antes da gente começar a filmar, com Andrea Beltrão, Maurício e Carolina Kotscho. Ele abriu um espaço para podermos contar essa história juntos. Isso foi muito significativo, foi uma experiência incrível. Ao mesmo tempo, é uma responsabilidade muito grande fazer uma figura que existe. E o Marcello tem uma história fascinante. Desde pequeno, ele viu a mãe sendo uma estrela nacional. Ele tinha referência de ver a Hebe na TV. Imagino o que é você crescer vendo a sua mãe na TV, sendo reconhecida na rua diariamente. Para mim sempre foi interessante pensar nessa figura que idolatrava a mãe, mas ao mesmo tempo sentia falta de tê-la mais em casa.

Como foi contracenar com Andrea Beltrão e Marco Ricca?
Eu já tinha trabalhado com a Andrea e com o Marco num filme que a gente fez, mas foi um trabalho mais curto. Na série, nos aproximamos de verdade. Quando a Andrea entrava no set, a gente via a Hebe, ela tinha a energia dela. Foi uma aula de atuação que vou levar comigo para sempre. É um papel muito difícil e ela foi brilhante, além de ter sido uma parceira de trabalho incrível.

Você já conhecia a história de Hebe?
Eu conhecia a figura Hebe Camargo, mas não sabia a história dela. Eu não sabia a proporção e dimensão que tinha sido essa mulher. Eu sabia que ela tinha sido muito importante para uma certa geração e que durante anos ela foi uma figura de referência na TV, mas não sabia que ela era uma figura pública com tanta opinião e que tinha tanto posicionamento político. A partir desse trabalho, entendi de fato quem foi Hebe, uma figura contraditória que defendia valores progressistas, mas por outro lado apoiava figuras conservadoras, e era conservadora dentro de casa. Essa contradição me interessou bastante.

Se você pudesse escolher uma lição que todo mundo deveria aprender com Hebe, qual seria?
O que mais me impressiona na Hebe Camargo, e eu acho que Andrea trouxe isso de uma maneira genial, é essa capacidade de olhar sempre para o copo meio cheio. Isso, para mim, foi uma lição. Pode parecer clichê e até romântico, mas não é. É algo muito concreto olhar para o copo meio cheio e não meio vazio. Acho que ela fazia isso, de fato.

Para você, qual a importância de contar essa história na TV aberta?
Minha geração, que tem menos de 30 anos, viu muito pouco a Hebe na TV, e com a série tem a oportunidade de conhecer mais dessa figura que teve um espaço tão significativo na televisão brasileira. Ela foi uma mulher à frente do seu tempo em muitos sentidos, uma mulher que teve uma história de luta e de sofrimento, mas que conquistou muitas coisas, sempre com alegria e respeito pelo público. Isso para mim é a beleza da história dela.

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