Um dos presidentes dos Estados Unidos mais controversos das últimas décadas, Donald Trump tem dificultado a vida social de muitos dos seus apoiadores, em especial aqueles que estão à procura de uma cara-metade. Foi justamente por isso que a americana Emily Moreno, eleitora do republicano, resolveu criar um aplicativo focado na rejeição sofrida por estas pessoas em razão do suporte explícito que dão a ele.
Lançado nessa segunda-feira, o Donald Daters pode ser baixado tanto por usuários do Android quanto do iOS da Apple e funciona nos mesmos moldes do Tinder, exceto pelo fato de que todos os usuários do app precisam ser “trumpetes” declarados. “Para muitos jovens defensores de Trump, a intolerância liberal tornou quase impossível marcar encontros e até namorar”, Moreno disse em comunicado.”É por isso que criamos uma nova plataforma para quem se identifica com os ideais do nosso presidente e busca conhecer pretendentes sem precisar ter medo de falar de política”, completou a empreendedora tech.
Uma pesquisa encomendada no fim de 2016 pela IAC, dona do Tinder, revelou que para 71% dos americanos que usam aplicativos de namoro as diferenças políticas podem ser um grande impedimento quando o assunto é a paquera virtual, e portanto esse público pode ser considerado como um nicho no mundo tecnológico ao mesmo tempo em que está inserido em um mercado em ascensão, que é o dos “dating apps”.
Vale lembrar que um outro app com a mesma pegada do Donald Daters e chamado Trump Dating foi lançado recentemente, mas entrou em desgraça assim que se descobriu que seu garoto-propaganda era, na verdade, o ativista conservador da Carolina do Norte Barrett Riddleberger, que anos atrás foi acusado pela procuradoria do estado de ter filmado uma relação sexual que teve com uma jovem de 15 anos. (Por Anderson Antunes)