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Oprah Winfrey
Foto: C Flanigan/FilmMagic

Era para ser a 75ª entrega anual do Globo de Ouro, mas a edição de 2018 da premiação acabou entrando para a história como uma espécie de episódio especial do “The Oprah Winfrey Show”, o programa de entrevistas que Oprah Winfrey apresentou entre 1986 e 2011 na TV americana que não somente fez dela a celebridade mais poderosa dos Estados Unidos como também a mulher negra mais rica do mundo, com estimados US$ 2,5 bilhões (R$ 12,8 bilhões) na conta – e só fica atrás de George Lucas (US$ 5,3 bilhões/R$ 27,1 bilhões) e Steven Spielberg US$ 4 bilhões (R$ 20,4 bilhões) em termos de riqueza no mundo do entretenimento -, sem falar que ela foi eleita há alguns anos como o ícone pop número 1 do país pela revista “Time” em uma lista na qual Mickey Mouse ficou em segundo lugar.

A riqueza e a influência de Winfrey – que completa 69 primaveras muito bem vividas nesse domingo -, se tornaram tão míticas entre os americanos quanto a própria estrela da TV, que por lá é conhecida como “Queen of All Media” (“Rainha de Todas as Mídias”), tamanha é sua presença no noticiário nacional, seja por se tornar assunto às vésperas de praticamente todas as campanhas presidenciais dos EUA nas últimas décadas, por aparecer a cada mês na capa de sua própria revista, a “O” (uma das 20 mais lidas dos EUA), ou em algum programa do canal que leva seu nome, o OWN (The Oprah Winfrey Network), ou pela megacontrato que assinou com a Apple TV+ com a missão de popularizar o braço de streaming da fabricante do iPhone. Não é pra qualquer um, hein!

Muitos brasileiros, no entanto, estão pouco familiarizados com a história de sucesso de Winfrey, sem dúvida a apresentadora de televisão mais famosa do mundo, e a importância que ela tem em Hollywood. A megastar é muito mais que um grande nome da telinha, ela é também bilionária e uma das maiores defensoras da ideia de que qualquer um pode se tornar rico, desde que realmente deseje isso o suficiente.

Para celebrar o aniversário da poderosa, GLMRM foi atrás dos principais fatos por trás da fortuna e do poder que ela amealhou até hoje, tão grandes que até mesmo deixá-los de lado para assumir a Casa Branca jamais lhe despertou interesse.

A dona do show

Assim como Silvio Santos no Brasil, Winfrey nunca teve patrão nos anos em que esteve à frente do “The Oprah Show”, atração produzida pela produtora dela, a Harpo (Oprah de trás para frente e também o nome de uma das personagens do filme “A Cor Púrpura”, no qual a apresentadora foi dirigida por Steven Spielberg). Como a verdadeira dona do programa, que logo se tornou campeão de audiência, ela sempre colheu os lucros financeiros de seu sucesso sozinha. Aliás, até meados dos anos 1990 a celebridade negra mais rica dos Estados Unidos era o comediante Bill Cosby, que protagonizou a sitcom mais assistida dos EUA na década de 1980. Foi em 1995 Winfrey ultrapassou Cosby, e oito anos mais tarde, em 2003, ela se tornou a primeira mulher negra da história a entrar em uma lista de bilionários, e mantém o título pomposo até hoje.

Sentiu na pele

Apesar de riquíssima e extremamente famosa, Winfrey ainda sofre preconceito por causa da cor de sua pele. Isso ficou evidente em 2013, durante uma viagem de férias dela pela Europa, quando a apresentadora decidiu ir a uma boutique de luxo de Zurique. Chegando no local, ela logo se encantou por uma bolsa da grife Tom Ford, cujo preço na etiqueta era US$ 38 mil (R$ 194,2 mil). Winfrey então chamou uma jovem vendedora e pediu para a moça que retirasse o acessório da vitrine lacrada em que estava, mas para sua surpresa ficou a ver navios. “Não, essa é muita cara pra você, dê uma olhada nas bolsas mais baratas que temos”, a vendedora lhe disse. O caso foi relatado por Winfrey em suas redes sociais e imediatamente rendeu manchetes ao redor do mundo, além de um pedido de desculpas da marca.

O segredo

Questionada certa vez sobre como ser tão bem sucedida financeiramente, Winfrey respondeu dizendo que talvez seja porque nunca se preocupou com dinheiro. “Em tudo o que fiz na vida, quanto eu iria ganhar sempre foi a coisa menos importante”, disse. E olha que ela continua assim até hoje, tanto que não sabe as senhas dos próprios cartões e da última vez desde 1988 em que esteve em um banco foi só para passar tempo, e de quebra depositar um cheque de US$ 2 milhões (R$ 10,2 milhões). A apresentadora também já disse numa entrevista para a CNN que hoje em dia só assina cheques de mais de US$ 100 mil (R$ 511 mil), embora ainda sinta um pouco de frio na barriga quando precisa pagar seu imposto de renda anual, sempre na casa das dezenas de milhões de dólares.

Recanto particular

Winfrey gosta de viver bem, mas isso não significa que ela seja fã de ter muitos luxos ao seu redor. Em 2013 ela até escreveu um artigo publicado em sua revista, a “O, The Oprah Magazine”, no qual revelou que mandou redecorar a mansão de US$ 50 milhões (R$ 255,5 milhões) onde mora na Califórnia a fim de deixá-la menos imponente. O problema, a apresentadora explicou no texto, é que seus convidados não se sentiam à vontade diante de tantos objetos e móveis caros. “Eu quero dar jantares que reflitam o meu jeito de ser e quero que as pessoas se sintam livres para repetir”, escreveu. Resultado: ela promoveu um leilão com os itens que mandou retirar, doou o dinheiro que arrecadou para a caridade e ainda se deu bem profissionalmente com tudo isso, já que a edição da “O” com o artigo dela foi uma das mais vendidas daquele ano.

Dando que se recebe

Generosidade também é outro traço marcante de Winfrey. Só o colégio interno para meninas que ela construiu na África do Sul em 2007, e que atende atualmente mais de 380 estudantes, lhe custou mais de US$ 140 milhões (R$ 715,4 milhões) do próprio bolso. Por meio da Angel Network, a ONG que a apresentadora criou em 1998 e que deixou de existir depois do fim do “The Oprah Show”, já que suas ações eram promovidas na atração, foram outras centenas de milhões de dólares. Winfrey também já fez grandes doações individuais para causas variadas, como os US$ 10 milhões (R$ 51,1 milhões) que enviou para as vítimas do furacão Katrina, em 2005, e o cheque de US$ 1 milhão (R$ 5,1 milhões) que entregou em mãos para Alicia Keys investir na ONG Keep A Child, que auxilia crianças portadoras do vírus HIV e da qual a cantora é embaixadora global. Somando tudo, a estrela máxima do showbiz já doou mais de US$ 425 milhões (R$ 2,2 bilhões) ao longo da carreira para várias causas.

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