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Enquanto muito se fala do documentário “Democracia em Vertigem,” eu fico com “Elena”. Enquanto o mundo parece que desmorona e a economia do Brasil só faz pregar sustos e incertezas, medito, leio poesia – e malho. Explicando melhor: nestes últimos tempos, muito se fala sobre o documentário de Petra Costa que está no Netflix, “Democracia em Vertigem”, uma visão lírica e romântica dos tempos Lula e Dilma, uma visão bem particular de quem participou dos movimentos de uma posição privilegiada. Não vou discutir aqui os prós e contras, mas apenas chamar a atenção para a verdadeira obra de Petra Costa: o documentário “Elena”, sobre sua irmã, sobre seu passado familiar, uma história de amor profundo filmada de maneira delicada, amorosa, trágica. Fala de sororidade verdadeira, de doenças da alma, de uma família despedaçada e de inúmeras tentativas de uma sobrevivência digna nunca conquistada. Assisti no canal Curta mas também está no Canal Brasil. Ao dia a dia estressante e cheio de medos e inseguranças que eu e todo mundo vive, respondo com poemas de Ana Martins Marques e Adélia Prado. Rebato também com meditação, respiração compassada e mantras. Mas o que segura meu tranco mesmo, ali, no muque, são os treinos diários, de segunda a sábado, intensos, que me colocam fora do ar, me fazem focar em músculos, articulações, me fazem suar, ir além dos meu limites. Amo quando meus batimentos cardíacos vão além dos 155, que prazer incrível me sentir exasperada. Uma coisa é certa: não me rendo a qualquer baixo astral reinante. E entre poemas e treinos de alta intensidade, meu coração vai balançando, batendo, pulsando.

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