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Páscoa Jesus
Reprodução/Unsplash

Dedicando e celebrando um dos maiores educadores da história, em seu feriado de comemoração ao triunfo sobre a morte, pensemos um pouco como a famosa frase: “O que Jesus faria?” Mas em vez de copiarmos uma ação, pensemos no que baseia e norteia a noção de bom/bem para Jesus.

Jesus Cristo é a figura histórica religiosa mais famosa do Ocidente. É sem exagero o símbolo ou a maior inspiração moral e de caráter para nós, tanto que nossas leis se baseiam a princípio em ensinamentos bíblicos, nossas relações e noções básicas de comportamento em sociedade também têm influência na raiz de como Jesus viveu e ensinou: não julgando ou apontando o próximo (para que não seja apontado), sempre estender a mão a quem precisar, perdoar a quem te faz o mal (e nunca devolver com o mal que te fizeram), amar o próximo como a si mesmo (o próximo entendido como sociedade aqui, buscando ser melhor para si e também para a sociedade), princípios de caridade e ajuda aos mais necessitados e amparar os perdidos.

Esse comportamento é enraizado na nossa cultura e modo de agir uns com os outros. Quem, tendo em sua mesa o que comer, negaria ao seu vizinho que está em situação de extrema necessidade? (“Quem tem duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo”. Lucas 3:11). Ou ainda, o famoso amigo que fala: “Quem sou eu pra te julgar?” e te ajuda aconselhando acerca de alguma atitude ruim. O que devemos entender é que nosso comportamento (por mais que não seja 100%) é inerente ao comportamento que Jesus teve e sugeriu que tivéssemos, mas a grande questão não é apenas entender o que ele fazia, mas o que ele queria com aquele comportamento.

Jesus buscava o bem, buscava ser o exemplo encarnado do que era o bem, e nesse sentido sugiro que encaremos o bem não como algo ou um objeto direto, mas sim um efeito, o efeito da ação. Essa ação é norteada por dois princípios éticos que muitos reconhecem como “Os dois mandamentos de Jesus”: amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Analisando ambos os mandamentos, podemos entender também o referencial de bem externo (Deus). Amar a Deus implica fazer com que ele se agrade de nós com nossas ações. É importante salientar que o amor é um fim em si mesmo e não interesse. Não devemos agir bem perante a Deus, pois queremos evitar o inferno ou receber uma graça, mas sim porque amamos genuinamente sem interesse algum.

O segundo diz respeito ao interno, pois o referencial de amor parte primeiro de você. Analisando a frase “Amar o próximo com a si mesmo”, temos o referencial posto que é “a si mesmo”, o que implica o sujeito amar-se antes, conhecer-se a si mesmo ao ponto que ame e aceite quem se é. Afinal, quem consegue passar para o próximo algo que nunca sentiu em si? O referencial de querer o bem para si mesmo deve, portanto, estender-se ao próximo também.

O bem que Jesus queria ensinar é uma espécie de ordenação, pois Deus emana o bem a tudo e todos. Agindo pelo amor de Deus responderemos com a harmonia que ele nos emana, e agindo com amor entre nós, o bem prevalece como ordenador de tudo e todo universo e natureza de relações.

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