Recentemente, um documento judicial trouxe à tona acusações sérias contra Justin Baldoni, diretor e cofundador da Wayfarer Studios, e sua equipe, feitas pela atriz Blake Lively. De acordo com a denúncia, a artista afirma que Baldoni e outros membros da produção atacaram sua imagem pública após uma reunião realizada no dia 4 de janeiro deste ano, que tinha como pauta central discutir casos de “assédio sexual recorrente” e outras condutas inadequadas atribuídas ao próprio Baldoni e a um produtor do filme.
A queixa apresentada representa um passo preliminar antes da formalização de uma ação judicial completa. A equipe jurídica de Baldoni respondeu às alegações, classificando-as como “absolutamente falsas”. Segundo eles, a contratação de um gestor de crises foi necessária porque Lively teria ameaçado prejudicar a produção do filme caso suas demandas não fossem atendidas.
O filme em questão, “É Assim Que Acaba”, é um drama romântico em que Blake Lively interpreta uma mulher envolvida em um relacionamento abusivo com o personagem de Baldoni. Durante a reunião mencionada, Lively contou com a presença de seu marido, Ryan Reynolds, conhecido por seu papel em “Deadpool”, que não está relacionado ao projeto cinematográfico atual.
Baldoni participou da discussão como copresidente da Wayfarer Studios e também como diretor do longa-metragem. Na queixa, os advogados de Lively alegam que Baldoni e o CEO da empresa, Jamey Heath, exibiram comportamentos inapropriados tanto em relação à atriz quanto a outros membros da equipe durante as filmagens.
Em um relatório enviado ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, foram listadas 30 exigências relacionadas à suposta má conduta dos dois executivos. Essas exigências visavam garantir a continuidade da produção do filme sem mais interrupções. Entre as solicitações, Lively pediu para que Baldoni e Heath se abstivessem de mencionar suas alegadas “dependências de pornografia” e deixassem de fazer comentários sobre sua anatomia. Além disso, ela solicitou que não fossem adicionadas cenas explícitas ao roteiro aprovado previamente.
A atriz também pediu que Baldoni cessasse suas declarações sobre uma suposta comunicação com seu pai falecido. A equipe legal de Lively ainda acusou Baldoni e a Wayfarer Studios de orquestrarem um plano para danificar sua reputação como forma de retaliação pelas denúncias apresentadas.
O advogado de Baldoni, Bryan Freedman, rebateu as acusações afirmando que é lamentável ver Lively e seus representantes levantarem alegações tão graves sem fundamento. Freedman ressaltou que Lively havia feito várias exigências e ameaças, incluindo a possibilidade de não comparecer ao set ou promover o filme caso suas condições não fossem atendidas.
Em contrapartida, Lively declarou por meio de seus advogados que espera que sua ação legal expresse os mecanismos nefastos utilizados para silenciar aqueles que denunciam condutas impróprias. Ela também negou qualquer envolvimento em espalhar informações negativas sobre Baldoni e a produtora.