Lia Paris lançou nas plataforma digitais a faixa “First Star”, que dá início a uma série de músicas intimistas e que serão lançadas nos próximos meses. A cantora aproveitou o momento para lançar um NFT (token não fungível) do single na Pianity, plataforma francesa para NFTs musicais. A compra desse token criptografado teve sold out em 48 horas e um deles chegou a ser vendido a € 1599 (cerca de R$ 10 mil).
A estreia da artista na plataforma aconteceu de duas formas: era possível arrematar um desses NFTs por meio de um leilão, de uma peça única (unique), e uma série de dez partes (legendary), com valores acessíveis para dar mais possibilidades aos fãs e colecionadores (cerca de 20 euros). Esse processo é ainda uma forma de interação e cooperação entre artista e fã, já que existem muitas possibilidades de formatos de venda e retorno de investimento.
As obras de NFT vêm ganhando o mundo da arte, oferecendo aos fãs a possibilidade de comprar o trabalho de um artista. E é por meio de um token criptográfico que vem a garantia de que essa pessoa comprou algo único. No mundo da música, a novidade ainda é pouco explorada.
Aqui no Brasil, Elza Soares fez algo semelhante ao comercializar parte dos direitos de execução de uma gravação inédita, a canção “Drão”, de Gilberto Gil, que estava perdida há mais de 30 anos. Ela foi remasterizada, será lançada em breve e quem der o maior lance (esta semana, estava em R$ 10 mil) fica com uma fatia de 20% dos direitos conexos do fonograma.