Ariana Grande enfrentou um dos maiores desafios de sua carreira ao interpretar Glinda na adaptação cinematográfica do musical Wicked. Embora seja uma estrela da música pop, ela descobriu que a atuação no famoso musical exigia uma preparação intensa e bem diferente da que estava acostumada. Para viver a personagem icônica, Ariana precisou passar por um treinamento vocal profundo, ajustando seu estilo de canto para alcançar o timbre clássico e operático que Glinda demanda.
“É um estilo de canto completamente diferente para minha voz. Na minha música pop, faço muito mix e belting; é muito mais o meu registro de peito. E mesmo o registro de apito está em um tom completamente diferente. Glinda tem uma voz operática, muito clássica”, contou a cantora.
Desde pequena, Ariana sonhava em participar desse universo encantado. Mesmo sem saber que um dia encarnaria uma das personagens principais, ela admirava e estudava artistas de filmes clássicos, como Judy Garland em O Mágico de Oz. Mas, ao entrar no papel de Glinda, a cantora percebeu que sua experiência no pop não seria suficiente para os desafios que viriam. A demanda vocal para o filme era completamente diferente de tudo o que havia experimentado antes.
Ela iniciou o treinamento vocal meses antes de ser oficialmente escalada, junto com seu treinador Eric Vetro, e a rotina intensa envolveu uma reeducação completa da voz. Ariana, conhecida por usar bastante o registro de peito e tons altos em suas músicas, teve que adaptar sua técnica para o registro operático de Glinda. Ela descreveu essa preparação vocal como extenuante, mas essencial para atingir as notas delicadas e precisas da personagem.
Ariana também revelou que o diretor Jon M. Chu optou por gravações ao vivo durante as filmagens, o que trouxe uma carga emocional ainda mais intensa para cada cena. Para ela, cantar ao vivo permitiu uma aproximação real dos sentimentos que Glinda vive na trama, dando autenticidade à atuação e reforçando a conexão com o público. As filmagens exigiam esforço físico e vocal, e ela conta que, ao final de cada cena musical, os atores muitas vezes paravam para recuperar o fôlego, rindo da intensidade da experiência.