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Por Marina Klink

Fotos: arquivo pessoal

O convite para fazer uma viagem de experiência que não estivesse disponível no mercado partiu de um operador de turismo, que nos procurou com a ideia de desenharmos juntos um roteiro para atender expectativas de um público exigente, que já conhecesse inúmeros destinos. A proposta era pensar num destino onde a família Klink pudesse girar o globo e escolher aonde iria. Diante de tantas possibilidades, me ocorreu irmos para um lugar que tivesse um vínculo real com a gente, e me lembrei de onde o Amyr esteve há 30 anos, onde fez uma escala depois de uma invernagem na Antártida e de uma viagem ao Ártico, para onde nunca mais voltou: Islândia.

Um país pequeno, mas de uma riqueza imensa. Não muito conhecido do brasileiro, mas presente em diversos relatos do Amyr. Além das suas histórias, a escolha seria atraente por outros motivos: um país peculiar pela natureza inóspita, que une o gelo das geleiras, as cachoeiras dos degelos, gêiseres e lavas dos vulcões; pela curiosidade sobre a cultura viking e, por ser tão diverso, oferece ao visitante muitos aprendizados; onde a força das armas não se faz necessária para o estabelecimento de ordem, o que inclusive inspirou John Lennon a compor a famosa música “Imagine”. Assim, a oportunidade que recebemos para acompanhar um grupo de brasileiros para um país tão diverso foi irrecusável.

Fotos: arquivo pessoal

Uma das muitas descobertas foi constatar que para acessar os principais atrativos turísticos naturais não existe a cobrança de ingresso porque eles entendem que são patrimônios da humanidade. Outra curiosidade é que normalmente, quando se fala em Islândia, existe uma associação imediata com o país das auroras boreais, mas existe muito mais do que isso. Durante os 15 dias em que estivemos lá, em apenas quatro não pudemos ver nem um pouquinho das luzes coloridas no céu – uma noite o céu estava nublado, duas noites garoou e outra noite nevou. Exceto essas, o show se apresentava em diferentes formas e cores, quando as auroras, algumas vezes, dançavam no céu. Em resumo, com céu limpo só não se via auroras se estivéssemos com os olhos fechados porque até mesmo sobre as cidades e povoados elas se faziam presentes. Sobre o horário para vê-las com mais intensidade, era determinado por aplicativos variados, que informavam o local e o horário de maior incidência.

Quando se faz uma viagem como essa, é preciso estar aberto para as experiências do caminho. Houve dias em que o grupo se hospedou em lugares muito simples, como numa espécie de alojamento, numa região sem opções de estrutura turística. Porém, foi exatamente onde vimos as mais lindas auroras boreais de toda a viagem. Nos hospedamos também em um dos melhores hotéis da nossa vida, o Blue Lagoon Retreat, localizado próximo a Reykjavik. Ele foi construído junto a uma região de águas termais e oferece todo o conforto, luxo e bem-estar. No hotel está instalada uma grande estrutura de spa, proporcionando o ritual que passa pelos benefícios da esfoliação, das lamas corporais, das máscaras faciais, sauna e até massagem realizada em colchões flutuantes sobre a água a 38 graus. Amyr preferiu ficar somente na sauna. Ele não é muito ligado a serviços de spa [risos].

Fotos: arquivo pessoal

Um dos destaques da viagem foi visitar a gruta de gelo na geleira Langjökull (uma das maiores da Europa). Localizada no maior túnel de gelo escavado pelo homem, a gruta é parte dos 800 metros de comprimento do túnel em forma de coração. Sem dúvida, a experiência de caminhar embaixo de uma placa de gelo que ninguém sabe até quando vai existir é uma experiência inesquecível.

Fotos: arquivo pessoal

Em função do clima muito rigoroso na Islândia, os vegetais não conseguem se desenvolver, para isso foram construídas estufas. O maior produtor de tomates, responsável por 40% da produção do país, é a família Friedheimar que, com passar do tempo, entendeu que a estufa poderia ser usada também para um serviço de gastronomia. Quando chegamos, parecia um sonho. Já estava escuro e, de longe, em pleno campo, vimos uma caixa iluminada. Dentro dela, corredores de tomates suspensos. No cardápio, sopa, suco, prato quente e sobremesa – tudo de tomate. Uma verdadeira incursão no mundo dos tomates! Jantar na estufa dos Friedheimar, em Reykholt, foi um momento inesquecível da viagem, o jantar mais lindo da minha vida!

Fotos: arquivo pessoal

Todos os dias víamos diferentes derretimentos de gelo em forma de cachoeira, então há cachoeiras por todos os lados! Uma das atividades diárias era tentar associar as atrações naturais que visitávamos a algum filme ou série. As paisagens que nós vimos foram cenários de Vikings, Trapped, O Senhor dos Anéis, Game of Thrones e A Vida Secreta de Walter Mitty, entre muitos outros.

Algumas paisagens pareciam o jardim do Éden, tudo era perfeito! Então, quando você pensa que é um país da aurora boreal, você vê que não é bem assim, é um destino que oferece muito e, mesmo que eu imaginasse através das fotografias e cartões-postais, a Islândia é bem mais do que eu poderia supor.

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