Do tipo de pessoa workaholic que se envolve em mil coisas ao mesmo tempo, Jeff Bezos está se dedicando quase que exclusivamente a um projeto da Amazon Prime Video pelo qual tem até mesmo um certo carinho: o lançamento, no próximo dia 1º, da primeira adaptação para a telinha da trilogia de livros “O Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien.
Feita como uma prequel da série de filmes de mesmo nome que chegaram nos cinemas entre 2001 e 2003, sua versão para a plataforma de streaming da gigante do e-commerce Amazon é algo de grande interesse de Bezos, que é fascinado pelas aventuras e personagens da Terra Média criados por Tolkien.
Tamanha fascinação, aliás, explica o motivo que levou Bezos a dar seu aval para que a Amazon Prime Video comprasse, em 2017, os direitos autorais de “O Senhor dos Anéis” para a televisão por US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão), quantia dividida entre os herdeiros de Tolkien, morto em 1973. Trata-se de um recorde, já que nem a Netflix, líder mundial em produtos de vídeo sob demanda, investiu algo dessa magnitude em uma única produção.
Ultimamente, Bezos tem dito para seus mais chegados que nem vai se importar caso “O Senhor dos Anéis” da Amazon Prime Video não dê lucro. “Desde que seja um produto bem acabado e com potencial de vida longa, o foco nesse momento é a qualidade”, responde o centibilionário aos que o questionam sobre a viabilidade financeira da obra, com a tranquilidade de quem tem US$ 166,5 bilhões (R$ 859 bilhões) na conta.