Uma névoa tóxica se espalha inexplicavelmente pelo mundo matando diversas pessoas e obrigando os sobreviventes a se isolarem em suas casas. Giovana se vê presa dentro do seu apartamento ao lado de Yago, um cara que ela havia conhecido em uma festa na noite anterior. Enquanto são obrigados a viver o isolamento juntos, a dupla reflete os planos de vida e sobrevivência diante de um futuro incerto e desconhecido.
Essa claramente poderia ser a descrição de uma história real vivida durante a pandemia, mas esse é o roteiro do filme “A Nuvem Rosa”, única produção brasileira selecionada para o Festival de Cinema de Sundance de 2022. Uma espécie de premonição da pandemia, o longa da gaúcha Iuli Gerbase foi idealizado em 2017 e gravado em 2019, ou seja, antes do coronavírus se espalhar. “Nunca imaginei que nada perto disso pudesse acontecer”, conta Renata de Lélis, atriz que interpreta Giovana, quando falamos sobre a ‘quase premonição’ do filme. “Os acontecimentos do filme começaram a se repetir na realidade e isso foi chocante. Mas o que mais me impressionou foi ver os sentimentos dos personagens se tornarem os sentimentos de todos nós”, lembra em conversa com GLMRM.
Renata, que está finalizando o curta-metragem “NAU”, no qual é diretora e roteirista, entregou as semelhanças de viver o isolamento forçado por uma doença mortal na ficção meses antes de ser obrigada a viver a realidade que a Covid-19 impôs ao mundo.