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Fernanda Marques
Créditos: Divulgação/ Guilherme Sausanavinicius

Aos 27 anos, Fernanda Marques tem conquistado o coração do público com sua personagem Cecília, em “Um lugar ao sol”, da TV Globo. Estreante nas novelas, a atriz contou em entrevista exclusiva ao GLMRM que sempre foi uma criança lúdica e sensível: “Brincava muito sozinha, falava em voz alta com as bonecas e subia em árvores, mas era uma menina muito tímida, vivia numa conchinha sonhando”. Entre os sonhos, o de ser atriz era compartilhado com a mãe, “me inspirava nos grandes nomes da TV, como Marieta Severo e Andréa Beltrão“, que interpreta Rebeca, sua mãe na trama.

No papo, Fernanda ainda falou sobre as pautas que rodeiam sua personagem, como abuso sexual, violência contra mulher e a difícil relação com a mãe. “Cecília é uma jovem que precisou criar uma armadura de “durona” para conseguir enfrentar seus problemas. Acredito que vamos aprender com ela a não julgar ninguém pela primeira impressão, todos temos nossas vivências e agimos conforme aprendemos durante a vida, temos um universo particular complexo.”

Créditos: Guilherme Sausanavinicius

“É necessário levantar a importância do consentimento”

Fernanda Marques

“Sou feminista e levanto a bandeira contra o machismo e pela igualdade”

Fernanda Marques
Créditos: Guilherme Sausanavinicius
Créditos: Guilherme Sausanavinicius
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    Cecília é sua grande estreia nas novelas, como tem sido esse momento?

  • Dei o meu melhor ao interpretar Cecília e tem sido gostoso acompanhar a trama como telespectadora, além da troca com o público. É um momento muito especial de realização pessoal e profissional. Estrear na novela com um papel significativo, no horário nobre da televisão brasileira e com um elenco talentosíssimo, com artistas que admiro e me inspiro, me deixa muito feliz e grata.

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    A novela estreou com todos os capítulos já gravados, como foi a preparação para essa maratona?

  • Quando soube que passei no teste para interpretar Cecília, poucos meses depois veio a pandemia. Foi um momento muito intenso, devido as precauções e cuidados que precisávamos ter durante as gravações. Precisei me adaptar a essa nova realidade e ao distanciamento social, seguindo todos os protocolos de segurança, além de trabalhar a minha saúde mental na terapia. Contamos com uma equipe muito preparada, garantindo a segurança de todos, e no final deu tudo certo! Com certeza foi um período com grandes aprendizados.

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    Qual o papel de Cecília na trama?

  • Cecília traz assuntos necessários para refletirmos, como abuso sexual e violência contra mulher. É muito necessário colocar essas pautas na mesa e levantar a importância do entendimento sobre consentimento. Isso auxilia diversas mulheres a entenderem o que estão passando ou o que já passaram, além de reforçar a necessidade de denunciarmos qualquer tipo de violência. Outro ponto interessante que a personagem traz é a relação conturbada que tem com a mãe, por conta da ausência materna desde a infância. Acredito que muitas mães e filhas podem se identificar com a situação das duas por se tratar de uma mãe solo que é casada com alguém que não participa afetivamente, além do abandono do pai, e entender a importância do diálogo e da presença familiar.

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    Qual a importância de “entrar” nas casas brasileiras trazendo esses assuntos tão difíceis à tona?

  • Acredito ser de extrema importância abordarmos assuntos que antes não eram discutidos. Todos os dias uma mulher passa por uma situação de machismo ou violência, resultado de um problema enraizado em nossa sociedade. Por isso devemos falar sobre assédio sexual e machismo nas casas brasileiras, ensinando e desconstruindo estigmas que prejudicam ou reforçam a opressão contra a mulher. Levantar esse debate é relevante para a construção de uma sociedade melhor e mais justa.

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    Como a Fernanda lida com estes assuntos na vida pessoal? Costuma se posicionar?

  • Sou uma pessoa que sempre se posiciona diante de assuntos como o machismo, a intolerância, tanto nas minhas redes sociais, como na minha vida pessoal. Sou feminista e levanto a bandeira contra o machismo e pela igualdade.

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    Falando sobre Cecília e Rebeca, podemos esperar por uma melhora no relacionamento entre as duas? Como é a relação com a sua mãe?

  • A Rebeca sempre estava ocupada por causa dos compromissos com o trabalho durante a infância de Cecília e isso causou sequelas para ela. Hoje, a Cecília não entende como a mãe quer se aproximar sem querer tocar na ferida e falar sobre sua ausência durante seu crescimento. Acompanhando a trama, os telespectadores vão entender melhor todos os pontos que causaram essa relação conturbada e ver se o relacionamento das duas pode melhorar.Já com a minha mãe é totalmente oposta, temos uma ligação de muito amor. O sonho da minha mãe sempre foi ser atriz e hoje compartilho essa conquista com ela e com todos da minha família.

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    Está trabalhando em mais algum projeto? Pode entregar algum spoiler?

  • Além de “Um Lugar ao Sol”, recentemente tive a oportunidade de protagonizar a jovem Elisa, na série “Colônia” dirigida por André Ristum, disponível no Globoplay. Também interpretei a Amora, no longa “Nas Mãos De Quem Me Leva”, dirigido por João Cortes que está disponível em todas plataformas digitais para aluguel. Com este trabalho, ganhei três prêmios internacionais como melhor atriz, o German United Film Festival, New Wave short Film, ambos na Alemanha, além do Washington Film Festival, nos EUA. No momento estou focada nos projetos pessoais, faço curso de inglês e de escrita criativa para me desenvolver na poesia, e já já em roteiro que é algo que curto bastante, tenho algumas coisas em aberto mas nada oficial …ainda.

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