Terry Crews também explicou que sua deficiência o ajudou a fazer um tipo de comédia física
O ator Terry Crews fez revelações sobre como sua deficiência auditiva o ajudou a fazer uma comédia mais física. O artista participou da icônica cena de “As Branquelas”, em que canta a famosa música pop “A Thousand Miles”, de Vanessa Carlton.
De acordo com a CNN, a clássica obra ressaltou o talento do ator para comédia física, um tipo de performance na qual ele ficou conhecido desde então. “Às vezes me sinto como um Muppet ou um desenho animado”, afirmou Crews, aos risos, durante uma entrevista à CNN sobre sua próxima obra “The Killer’s Game”. “Foi lá que aprendi a atuar”, destacou Crews ao se referir aos Muppets “balançando a cabeça”.
Deficiência auditiva
Terry Crews é autor, ator, atleta, artista e até flautista. O ator vive com uma deficiência auditiva chamada perda auditiva neurossensorial, uma comum perda de audição que acontece quando o “ouvido interno ou o próprio nervo auditivo é danificado”, segundo a Universidade Johns Hopkins.
“É meio louco porque eu uso aparelhos auditivos e sempre tive problemas de audição”, explicou Crews. “Muitas pessoas acham que eu estou ignorando, mas muitas vezes, se eu não estiver olhando para você, não consigo ouvir. Eu leio lábios e observo as pessoas e, ao fazer isso, no entanto, me tornei um ator melhor”.
Crews lida com a situação desde os tempos de faculdade, antes de sua carreira como ator, quando “aprendeu a se dar bem em conversas, mesmo sem ouvir”. “Fiz isso por muito tempo… Era uma daquelas coisas que você faz para se dar bem, especialmente quando você tem algum tipo de deficiência”, acrescentou. “Descobri que isso me ajudou como ator, pois me ajudou a espelhar as pessoas, a observar as expressões faciais e a saber o que as pessoas estão sentindo, além de aprender a expressar emoções com o corpo, em vez do que você está dizendo”, explicou Terry Crews.
O artista ainda usou a obra “As Branquelas” para exemplificar suas performances de comédia física. “Há uma razão pela qual esse filme ainda é, 20 anos depois, um dos favoritos de tantas pessoas”, justificou. “Porque aprendemos a nos emocionar com nossos corpos, de modo que, mesmo que você não entendesse, ainda estava entendendo. E isso é uma coisa linda”.