Depois do sucesso da primeira temporada, “Paciente 63”, com Mel Lisboa e Seu Jorge, retorna com as viagens no tempo. A audiosérie exclusiva do Spotify, criada por Julio Rojas, chega nessa segunda fase com mais 10 episódios. Na primeira etapa, a obra de ficção científica ambientada em 2022 retrata Elisa Amaral, que trabalha em um hospital psiquiátrico, e conhece Pedro Roiter, um paciente que afirma ter vindo do futuro para salvar o mundo de uma grande pandemia que acabará com o planeta.
Já na segunda parte da série, a protagonista retorna para 2012, antes dos acontecimentos mais marcantes de sua vida. Agora, porém, os dois trocam de papel. Elisa adota seu segundo nome, Beatriz, e precisa explicar para o psiquiatra Vicente sobre as viagens no tempo.
Em conversa com o GLMRM, os atores comentam como a obra, por mais que seja sobre o futuro, pincela temas extremamente atuais. “A série aborda várias questões relacionadas a escolhas, e temas relacionados a ordem coletiva, do senso de coletividade, de que todos nós fazemos parte de algo. Precisamos ter consciência de que algumas coisas precisam ser feitas para um bem coletivo”, afirma Mel Lisboa.
“A série é interessante porque aborda assuntos que são muito caros para a gente dentro dessa narrativa que é muito envolvente.”
Mel Lisboa
De acordo com Seu Jorge, o mais importante para se extrair da história é a questão da pandemia. “Tudo isso é resolvido com um combate extremamente poderoso na questão da desigualdade, miséria e fome”, opina ele, que deseja fazer mais séries de ficção em áudio. “É um barato poder trabalhar somente com a voz”, diz o cantor.
A dupla afirma que o trabalho, que ganhou o Prêmio APCA de Melhor Podcast em 2021, continua bom, se não melhor que a primeira temporada. “Fiquei feliz com o sucesso, mas foi uma surpresa quando o roteiro chegou até a mim, por conta do desdobramento. Saí da primeira temporada especulando como seria essa segunda, que chegou muito potente e intrigante. Teve um peso e frescor de novidade de novo”, diz o ator.
“Tinha um apego com a primeira temporada, porque ouvi o áudio original chileno. Fiquei apegada. Gosto muito desse trabalho, um orgulho muito grande. Acho o texto, desenho de som, tudo incrível. Confesso que tive medo dessa segunda temporada não entregar tanto, eu fui essa pessoa que teve essa dúvida”, entrega Mel.
“Li o roteiro e fui me surpreendendo e achando melhor que a primeira. A primeira [temporada] dá a ideia da referência e a segunda se aprofunda nas questões, vai para outros lugares.”
Mel Lisboa