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Carina Haller
Foto: Divulgação/Priscila Nicheli

Temos uma brasileira em um dos filmes mais esperados na história da música: a cinebiografia da banda Bee Gees: Carina Haller. Com uma longa carreira dedicada ao teatro, a atriz terá papel de destaque no filme do trio. ”Acho que o filme revela fatos sobre os irmãos que a maioria das pessoas não conhece. A relação entre eles tinha muito amor e desafios também por causa do sucesso que a banda fez”, conta ela ao GLMRM.

O longa será dirigido por Kenneth Branagh, nome à frente de filmes como “Hamlet” (1996), “Thor” (2011) e “Cinderela” (2015), e produzido por Graham King, que ganhou 4 Oscars em 2019 pela biografia do Queen “Bohemian Rhapsody”. “Por conta disso podemos esperar performances incríveis, músicas legendárias e muitas curiosidades sobre a relação dos irmãos, que tiveram uma trajetória turbulenta para alcançar o sucesso mundial”, entrega Carina.

Haller saiu do Brasil aos 10 anos de idade e, aos 19 anos, mudou para os Estados Unidos para estudar artes dramáticas na famosa CalArts (escola de arte fundada por Walt Disney na década de 1960), em Los Angeles. “Hollywood é a indústria de filmes mais exigente do mundo. Não sei que tipo de oportunidades eu teria tido no Brasil, mas sei o quanto é difícil para uma latina conquistar seu espaço lá fora”, ela ressalta sobre como é gratificante ter a oportunidade de trabalhar e conhecer astros do cinema que cresceu assistindo.

Depois de 15 anos de carreira internacional, ela também faz sua estreia no cinema nacional em “O faixa preta”, longa que conta a vida do Pentacampeão mundial de Jiu-Jitsu, Fernando Tererê, estrelado por Raphael Logam (indicado ao Emmy como melhor ator em 2020), que deve ser lançado em 2022. “Tive sorte de atuar com o Raphael Logan. Uma das nossas cenas é a mais esperada no mundo do Jiu-Jitsu e conta a história de um das situações mais decisivas da vida do Fernando”, revela a atriz, que na trama interpreta uma aeromoça americana, mas não revelou detalhes sobre a personagem e a relação dela com o protagonista. O maior desafio do papel, segundo ela, foi entender os protocolos de aviação, já que o filme passa na mesma época do atentado de 11 de setembro, um momento muito delicado para a aviação dos Estados Unidos.

Depois da experiência, ela espera poder interpretar mais personagens brasileiras no futuro. “O Brasil tem uma cultura muito rica que me formou e ajudou muito na minha trajetória. Seria muito gostoso ter mais tempo aqui e viver uma personagem brasileira para explorar o minhas origens melhor”, conta.

Foto: Reprodução/Instagram

Diferentes culturas

Nascida no Brasil, Carina mudou ainda criança para Zurique com a família e há 14 anos mora nos Estados Unidos. Essa interação com diferentes culturas fez com que ela absorvesse um pouco de tudo: “Cada país é muito diferente culturalmente. Do Brasil levo a vulnerabilidade que é, talvez, a parte mais importante no meu trabalho. Com a Suíça aprendi a ter disciplina e ética. Lá também aprendi a falar alemão e italiano. Já os Estados Unidos me ensinaram que uma mulher pode e deve ser ambiciosa e que nenhum sonho é grande demais.”

Ela ressalta que seu sucesso vem de muita dedicação e estudo: “Acho que é importante ter metas, mas não podemos pensar que o sucesso depende de trabalhar com uma pessoa específica ou ter prêmios. O sucesso não é uma linha reta, muitas vezes dar passos para trás faz parte. O mais importante é não desistir e continuar sempre marchando. Fiz centenas de testes para chegar até aqui, foram mais de oito anos de estudo e 10 de carreira no teatro. Pode parecer fácil, mas tem muita dedicação e persistência atrás disso. E eu só estou começando.”

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