“Existe uma arte em ser Adele”, é o que diz Giles Hattersley, jornalista responsável pela entrevista com a cantora londrina que é nada menos do que estrela da capa da edição de novembro da Vogue britânica e americana. Aos 33 anos de idade, a última vez que Adele sentou frente a frente com um jornalista foi em 2016. Cinco anos depois e prestes a lançar seu novo álbum “30”, a cantora finalmente se abriu – ou quase – sobre assuntos como divórcio, terapia, maternidade e perda de peso.
Com 15 vitórias no Grammy, a cantora, que é a pessoa com o primeiro e o quarto álbum mais vendidos do século 21, confessou que depois de tanto tempo longe dos holofotes precisa se preparar para ser famosa novamente, “coisa que, notoriamente, eu não gosto de ser”. Radicada em Los Angeles e morando com o filho Angelo, a rainha dos corações partidos revelou que este novo álbum é sobre autodestruição, autorreflexão e autorredenção.
“Quero que as pessoas ouçam o meu lado da história e responder às inúmeras perguntas do meu filho sobre este divórcio e os ferimentos que isto lhe causou” explica acrescentando “Apenas senti que queria explicar para ele, com este álbum, quem eu sou e porque escolhi, voluntariamente, desmantelar toda a sua vida em busca da minha própria felicidade”.
Predisposta à ansiedade, Adele confirmou ter encontrado alívio por meio de “muita terapia” e meditação. Além disso, se viciou no esporte e, fazendo exercícios “duas ou três vezes por dia”, perdeu cerca de 45 quilos: “Nunca foi sobre perder peso, mas sobre ficar forte e o mais longe possível do telefone todos os dias”. A cantora, que sempre foi avessa à fama, ainda admitiu ter sentido, no passado, medo de perder o controle por sua relação muito próxima com o álcool e por ter ficado famosa justamente depois da morte de Amy Winehouse. “A vimos morrer diante dos nossos olhos”, refletiu.