Os fatos que potencializaram a 80ª edição do Festival de Cinema de Veneza

Foto: Reprodução/Instagram

O 80º Festival de Cinema de Veneza brilha com esplendor no tapete vermelho, enquanto também foi palco de protestos políticos e controvérsias ligadas a filmes dirigidos por cineastas como Roman Polanski e Woody Allen. No entanto, o verdadeiro centro das atenções permaneceu nas obras apresentadas, abrangendo desde produções importantes até filmes fantásticos. Esta edição do festival mais uma vez confirmou que, no mundo do cinema, são os filmes que realmente brilham.

O Festival de Cinema de Veneza é um concorrente direto de outras duas mostras de renome: o Festival de Cannes e o de Berlim, juntos conhecidos como os “Big Three” festivais de cinema. GLMRM selecionou algumas curiosidades sobre esta edição antes da premiação que acontece neste domingo (09).

Greve de atores abala Hollywood e Veneza

O início de uma greve de atores em Hollywood teve impactos na presença de estrelas no tapete vermelho do 80º Festival de Cinema de Veneza, criando um clima de incerteza. A maioria das estrelas se manteve afastada, e mesmo os poucos que se aventuraram na cidade pareciam culpados por estar lá em vez de na linha de piquete.

No último dia de competição, na sexta-feira, a vencedora do Oscar Jessica Chastain disse aos repórteres que estava “incrivelmente nervosa” por ir a Veneza para promover seu filme independente “Memory”, mesmo tendo uma autorização dos sindicatos para comparecer.

Foto: Mario Tama/Getty Images

Vanguarda

O Venice Immersive, dedicado à realidade virtual e à narrativa interativa, se destacou como uma das atrações mais empolgantes do festival, apresentando experiências imersivas inovadoras que fundiram tecnologia e narrativa de maneira fascinante. Este espaço, que ocorre presencialmente na Ilha Lazzaretto Vecchio, destaca-se por apresentar até 30 projetos imersivos em competição, muitos dos quais são estreias mundiais. É um ambiente onde a vanguarda do cinema encontra a tecnologia para criar experiências únicas e envolventes.

O curta-metragem de 25 minutos “Queer Utopia: Act I Cruising” foi um dos cinco convidados para a exibição. Em entrevista exclusiva ao GLMRM, Rodrigo Moreira, produtor do filme, compartilha o processo de desenvolvimento do projeto.

Queer Utopia: Act I Cruising. Foto: Divulgação

Seleção de filmes de destaque

A competição de filmes trouxe um impressionante conjunto de 23 títulos notáveis, que abrangem diversas categorias dentro da seleção oficial dos exibidos. Entre os principais destaques estão aqueles que concorrem ao cobiçado Leão de Ouro. Aqui estão eles: “Comandante” dirigido por Edoardo De Angelis, “El Conde” de Pablo Larrain, “Ferrari” de Michael Mann, “Pobres Coisas” dirigido por Yorgos Lanthimos, “Maestro” com direção de Bradley Cooper, “O Mal Não Existe” de Ryusuke Hamaguchi e “Priscilla” de Sofia Coppola.

Red Carpet

Estrelas do cinema, da música e das redes sociais marcaram presença. No tapete vermelho de Veneza, as celebridades fazem entradas triunfantes no Lido de Veneza, a ilha que abriga o evento, chegando de barcos e prontas para competir pelos cobiçados prêmios. Alguns nomes que passaram pelo red carpet são: Adam Driver, Fanny Ardant, Mads Mikkelsen, Roman Polanski, Woody Allen, Sofia Coppola e Jacob Elordi.

David Fincher retorna a Veneza

A aguardada volta de David Fincher a Veneza com “O Assassino” gerou grande expectativa, com o diretor prometendo um filme noir brutal e elegante que cativou a audiência. O diretor retorna a Veneza após 24 anos. Fincher trabalha no longa há anos e foi um dos títulos mais esperados do festival.

Sofia Coppola e a história de Priscilla Presley

Sofia Coppola trouxe uma abordagem única à vida de Priscilla Presley em seu filme baseado no livro “Elvis and Me”, que oferece uma perspectiva fascinante do relacionamento do casal. Coppola descreveu o projeto como uma interpretação de “Maria Antonieta em Graceland”, combinando elegância histórica com o glamour de Elvis.

Com tudo nas premiações

Yorgos Lanthimos, conhecido por sua abordagem surreal e humorística, encantou o público com “Pobres Coisas”, uma reviravolta em “Frankenstein” estrelada por Emma Stone, prometendo uma jornada hilariante e impactante. O filme é um alívio de narrativa, além de uma atuação de Stone digna de melhor atriz no Oscar do próximo ano.

(trailer)

O Leão de Ouro

O júri de Veneza é responsável por entregar o famoso Leão de Ouro, a mais antiga premiação de cinema no mundo, assim como os prêmios de atuação, roteiro e direção! O que tem sido algo cada vez mais influente para o Oscar. No ano passado, os vencedores de Melhor Filme, Melhor Ator e Atriz foram depois indicados ao Oscar, e isso tem acontecido com pelo menos um dos vencedores de cada edição de Veneza nos últimos 10 anos.

Além da competição

Fora da competição, outros títulos foram aguardados e encheram as sessões do festival, eles incluem “Daaaaaali”, de Quentin Dupieux, assim como o filme de ação experimental de Harmony Korine, “Aggro Dr1ft”, e “Gasoline Rainbow” de Bill Ross, “Menus-Plaisirs Les Troisgros” do veterano documentarista Fredrick Wiseman, que é uma excursão aos bastidores do mundo do venerável restaurante francês, e “The Caine Mutiny Court Marshall”, o último filme do falecido William Friedkin – lançado no mesmo ano do aniversário de 50 anos de “O Exorcista”.

 

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