Uma das séries mais aclamadas da Netflix, The Crown chega à sua sexta e última temporada ainda nesse ano, sem data definida. Criada por Peter Morgan, a obra acompanha toda a trajetória pessoal e política da Rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro de 2022 no Castelo de Balmoral, na Escócia.
Em cada temporada, a trama se baseia em uma década do reinado da Rainha Elizabeth II, colocando os principais acontecimentos em evidência, tanto políticos quanto pessoais de personagens históricos que fizeram parte desse contexto histórico, a exemplo de príncipe Philip, duque de Edimburgo, princesa Margaret, condessa de Snowdon, rei Charles III e princesa Diana, entre outros.
Para a sexta temporada, os entusiastas e fãs da trama podem esperar uma sequência focada na vida da princesa Diana logo após ser convidada para passar férias na França com o empresário Mohamed Al-Fayed. Outros acontecimentos como sua trágica morte, além do início do relacionamento entre o príncipe William e Kate Middleton e os principais fatos dos anos 2000 também estão em pauta.
A série x família real
No decorrer das temporadas houve inúmeras polêmicas envolvendo os roteiristas e própria família real sobre os acontecimentos que foram retratados. Diante das 5 temporadas já lançadas, nunca houve um pronunciamento oficial do palácio de Buckingham sobre a trama, mas sim informações de pessoas envolvidas em Windsor que chegaram aos meios de comunicação.
Na 5º temporada, por exemplo, o então rei Charles III teria ficado furioso com a versão apresentada na série, chegando a acusar a produtora de explorar as dores da família real para obter ganhos financeiros com fatos destorcidos da realidade. A mesma opinião foi proferida pelo príncipe William em entrevista ao “The Sun” em 2020, dizendo que seus pais foram representados de forma “simplista e falsa”.
Para o caçula da família, príncipe Harry, a briga foi além. O duque de Sussex tentou acabar com a série e não queria ser retratado de maneira nenhuma na história. Mas de nada adiantou, já que na quinta temporada sua infância é retratada.
Entre os acontecimentos, os produtores foram rotulados de “sádicos e perversos” por recriarem as horas finais da princesa Diana, além de serem criticados por especularem um suposto affair entre o príncipe Philip, marido de Elizabeth II, com a amiga Penny Knatchbull.
No outro lado da moeda, Paul Burrell, ex-mordomo real e amigo de Lady Di, disse ao mesmo veículo britânico que a série retratou a verdade e garantiu que a produção mostrou uma “dramatização precisa” do que aconteceu.
Verdade ou mentira?
Por mais que a série seja baseada em fatos reais, nem todos aconteceram como na vida real. GLMRM conta alguns pontos do que é verdade ou apenas ficção na série.
Rainha Elizabeth II x Margaret Thatcher
Interpretada por Gillian Anderson na quarta temporada, Margaret Thatcher (primeira mulher a alcançar o cargo de primeira-ministra britânica e apelidada como Dama de Ferro) tem um grande desentendimento com a rainha no decorrer da série. Na realidade, por mais que descordavam de alguns pontos, os conflitos nunca foram confirmados.
Distúrbio alimentar de Lady Di
Na quinta temporada é retratado de forma bem clara que Diana teria sérios problemas com distúrbios alimentares, principalmente a bulimia. Em entrevista para a “BBC” em 1995, Lady Di revelou que realmente conviveu com doença de forma secreta.
Morte da irmã de Philip
De fato, a irmã de Philip, Cecile, morreu em um acidente de avião, mas diferente do que é retratado na série, a culpa não teria sido do príncipe.
A rainha chorava?
Na produção da Netflix, Elizabeth II afirmou ao primeiro-ministro britânico que não conseguia chorar, mesmo em momentos de emoção, como o nascimento dos filhos ou a morte de sua avó. Mas isso não é real. Segundo a historiadora real Carolyn Harris, a rainha chorou em público durante o seu reinado, tomado como exemplo o desmantelamento do iate real Britannia em 1997.