Esqueçam os filmes de super-heróis ou as cinebiografias, a grande tendência do cinema em 2021 foi usar a abusar do nu frontal masculino em produções independentes e até mesmo naquelas maiores, feitas para arrecadar centenas de milhões de dólares nas bilheterias internacionais.
Visto pela primeira vez em 1980, quando Richard Gere apareceu como veio ao mundo em uma cena do hoje clássico “Gigolô Americano”, a “roupa de nascença” de atores foi destaque em 2021 na comédia “Red Rocket”, com o ator Simon Rex, um filme que agradou a crítica especializada mas passou despercebido do grande público.
E até Benedict Cumberbatch teve seu momento de nudismo na frente das câmeras em “The Power of the Dog”, lançado no mês passado nos cinemas americanos e um possível candidato ao Oscar de 2022. Em tempo: o longa dirigido por Jane Campion recebeu sete indicações ao próximo Globo de Ouro, marcado para 9 de janeiro.
Alguns motivos justificam a proliferação de nus masculinos em filmes pequenos ou grandes de 2021, mas o principal tem a ver com as consequências do movimento #MeToo: diretores agora têm medo de pedir para as atrizes se despirem em cena, com medo de serem acusados de algumas coisa depois.
Um outro, mais plausível, diz respeito ao volume de produções lançadas nesse ano nas quais certos tabus hollywoodianos são tratados sem pudores, e o nu frontal masculino sempre foi um desses temas intocáveis. Para a alegria delas e deles, também parece ser algo que veio pra ficar.