Nesta segunda-feira, 3 de julho, é o Dia Nacional Contra a Discriminação Racial, data que reforça a luta contra o preconceito racial no país. Desde 1988, a Constituição Federal passou a considerar o crime de racismo como inafiançável.
Infelizmente, o preconceito ainda segue como uma realidade contra negros, indígenas, asiáticos e outros povos que ainda precisam conviver com a discriminação. Para dar voz a essa data, selecionamos uma lista de filmes protagonizados ou dirigidos por profissionais não brancos, ou que expõe esta questão em sua trama para ver e rever já.
Corra!
Thriller dirigido por Jordan Peele conta a história de um casal interracial formado por Chris (Daniel Kaluuya), um jovem negro, e Rose (Allison Williams), uma garota branca de família tradicional. Quando Rose decide convidar o namorado para visitar seus pais, situações muito estranhas começam a acontecer. O filme faz critica a uma escravidão pós-moderna e foca na maneira como os negros ainda são vistos pela sociedade.
12 Anos de Escravidão
Em 1841, Solomon Northup é um negro livre, que vive em paz ao lado da mulher e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho em outra cidade, é sequestrado, acorrentado e vendido como se fosse um escravo. Não é fácil assistir ao longa, que retrata a mudança de vida do personagem que passa por momentos trágicos.
13ª Emenda
A produção dirigida pela cineasta negra Ava DuVernay mostra como o fim da escravidão nos Estados Unidos foi ao longo do tempo sendo substituído por outras formas de segregação e violência. Além disso, o documentário conversa com estudiosos, ativistas e políticos, que analisam a correlação entre a criminalização da população negra dos EUA e o ‘boom’ do sistema prisional do país.
Parasita
O preconceito asiático, chamado também de ‘preconceito amarelo’, tem sido cada vez mais discutido e é assunto de extrema necessidade. Foi apenas em 2020 que uma produção sul-coreana se tornou amplamente reconhecida e vencedora do Oscar. Por esse motivo, não tem como falar sobre filmes dirigidos e protagonizados por asiáticos e esquecer de ‘Parasita’. A trama dirigida por Bong Joon-ho chamou a atenção por transitar por diversos gêneros, como humor negro, drama e suspense. A história gira em torno da pobre família Kim, que se articula para trabalhar na casa dos Park, família rica e tradicional.
Minari
Indicado ao Oscar 2021, tende a seguir os mesmos passos de ‘Parasita’ na premiação. ‘Minari’ é uma produção falada em coreano e dirigida por Lee Isaac Chung, mas, ao contrário de ‘Parasita’, foi concebida, produzida e rodada nos EUA. O filme mostra uma família de imigrantes que vive no Arkansas nos anos 1980.
2046
Em 2004, o cultuado diretor chinês Wong Kar-Wai lançou ‘2046’, filme complexo e cheio de detalhes que acertou público em cheio. Mo Wan Chow (Tony Leung Chiu Wai) é um escritor e jornalista que se aloja no quarto 2046 de um hotel em Hong Kong, no qual ele começa a escrever um romance de ficção científica. No meio de tudo isso, ele relembra o próprio passado.
O Tigre Branco (2021)
Um dos sucesso do momento na Netflix, ‘O Tigre Branco’ é dirigido por Ramin Bahrani e traz Priyanka Chopra e Adarsh Gourav no elenco. A produção indiana é uma fábula anticapitalista que mostra os problemas sociais da Índia e a colonização inglesa sofrida pelo país.
Paradise Now (2006)
O longa do diretor palestino Hany Abu-Assad foi um sucesso de crítica. Na trama, Khaled e Said são amigos de infância recrutados como homens-bomba em Tel Aviv. Quando o plano começa a desandar, Khaled desiste do atentado e procura Said para convencê-lo a desistir também. A obra foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, se tornando a primeira produção palestina a concorrer à premiação. Além de tudo, ‘Paradise Now’ fala sobre intolerância.
Ex-Pajé (2018)
Exibido na 68ª edição do Festival de Berlim, o documentário desperta a reflexão sobre como ocorre o extermínio da cultura de um povo, evidenciando as desigualdades sociais e como isso faz com que povos indígenas percam suas características. É importante destacar que o Brasil é líder disparado no genocídio de indígenas na América Latina, e problemas como exclusão ainda estão longe de ser superados. No Globoplay.
Noite e Neblina (1955)
Mais um documentário para a lista: ‘Noite e Neblina’ dirigido pelo francês Alain Resnais retrata o holocausto por meio de imagens, documentos e dados que comprovam a participação da Alemanha na formação dos campos de concentração. Na época, a produção foi considerada essencial para o entendimento do horror do holocausto.
O Pianista (2002)
O filme dirigido por Roman Polansky conta a história real do pianista judeu-polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody), que enfrenta a invasão da Polônia pelos nazistas em 1939. Após escapar da ida ao Gueto de Varsóvia, que segregou cerca de 380 mil poloneses, Szpilman passa a se esconder em prédios abandonados e escapa da morte diversas vezes.
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