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Pathy Dejesus
Divulgação/André Nunez

Pathy DeJesus vive um romance com sua nova personagem em sua volta às novelas da Globo. Em “Um Lugar ao Sol”, trama das 21h de Lícia Manso, em que interpreta Ruth, ela taxa a vilã de “perigosa” e determinada. Apesar de terem o mesmo signo, ambas são taurinas, as semelhanças param por aí. “A diferença é o que a gente quer. Não sou o tipo de pessoa que topa tudo por dinheiro, muito pelo contrário, trabalho muito para fazer o certo pelo certo”, resume.

Na entrevista a seguir, Pathy fala sobre ser mãe depois dos 40 anos, o que aprendeu com o nascimento do filho Rakim e o que espera para o futuro dele, além de planos para depois do  fim das restrições sanitárias impostas pela Covid-19. Ao papo!

Divulgação/Sérgio Baía
Divulgação/André Nunez
  • Você está de volta à Globo, no elenco da nova novela “Um Lugar Ao Sol”. Como foi recebida por ti a personagem Ruth, uma engenheira, na novela de Lícia Manso?

  • Com imensa felicidade! Principalmente porque a Ruth é uma personagem de muita potência, é uma engenheira bem-sucedida, determinada. Esse foi um papel que amei fazer, acho que pelo fato dos valores da Ruth serem bem diferentes dos meus, foi algo que construí aos poucos.

  • Há diferença no que diz respeito à preparação de um personagem para uma novela, um filme ou seriado? Como foi a construção dessa personagem?

  • É sim, bastante diferente. Os ritmos mudam muito. Na novela, vamos gravando aos poucos, sentindo como o público tá recebendo cada personagem, vamos entendendo melhor esse desenrolar da trama. Já, na série, sabemos exatamente o começo, meio e fim daquela história. O trabalho também é muito mais intenso. Tem um outro sabor, pois a cada novo episódio surge uma nova história, já as novelas são mais abertas. Porém, esse não é o caso de “Um Lugar Ao Sol”. Gravamos ela do início ao fim durante a pandemia. Então, posso dizer que vivi algo completamente novo e diferente. Dessa vez a sensação foi muito próxima como a de gravar uma série.

  • O que você e Ruth compartilham além do corpo (risos) porque, até onde sei, ela é uma vilã… Teve alguma inspiração-mór, uma personagem que bebeu da fonte? Como quis retratá-la?

  • As novelas de Lícia Manzo humanizam muito os personagens. Nelas, todo mundo tem um lado bom e ruim. Por isso, não esperem uma vilã tradicional, vai ser algo muito mais natural. A Ruth é uma personagem extremamente inteligente, ela é dessas pessoas que arquitetam, que manipulam para se dar bem, para lucrar. Ela é perigosa. Para ser sincera, o que temos de comum é o signo, somos taurinas e também sou muito determinada, assim como ela. Quando quero alguma coisa vou até o fim, e ela também é essa pessoa. A diferença é o que a gente quer. Eu não sou o tipo de pessoa que topa tudo por dinheiro, muito pelo contrário, trabalho muito para fazer o certo pelo certo. Outra coisa é que eu a acho extremamente elegante e também me considero (risos).

  • Teve alguma coisa pedida pela autora que você teve de fazer? Tem alguma curiosidade de bastidores?

  • Eu tive um imprevisto com parte de um dente antes de começar a gravação de uma cena (risos)… E essa era a minha primeira cena com o Cauã Reymond, que além de ser um galã, é meu amigão. Não poderia ser cancelada naquele dia, porque era algo externo e também porque era superimportante. O que aconteceu foi que meu dente trincou e eu dei um jeitinho, gravei assim mesmo e deu tudo certo no final (risos).

  • Em abril deste ano, rolaram boatos de que “Coisa Mais Linda” havia sido cancelada, a autora até confirmou, mas disseram depois que o futuro estava indefinido. Em que pé ficou isso? Há chances de voltar em outra plataforma, de repente?

  • “Coisa Mais Linda” foi um trabalho imensamente especial. Viver Adélia foi muito marcante, eu aprendi muito com ela. Mas até onde sabemos a série foi mesmo cancelada, infelizmente.

  • A gente viu recentemente um episódio de preconceito envolvendo a Carol de “Casamento às Cegas”, da Netflix, porque a mãe dela é solo e o então marido no reality teceu críticas. Nas redes, você fala sobre o assunto e encoraja outras mães. Quando percebeu que poderia ser essa potência e inspiração para outras mulheres?

  • Fico feliz de ser esse exemplo de representatividade para outras mulheres. Eu falo muito sobre maternidade solo porque sei que realmente é libertador, outras mães conseguem entender e sabem que não estão sozinhas. Ser mãe após os 40 me trouxe uma maturidade ainda maior emocionalmente falando para aguentar a responsabilidade, como a de ser a provedora financeiramente do meu filho. Falo abertamente sobre o assunto para que outras mulheres possam também ser mais generosas consigo mesmo, aceitar suas próprias falhas, mas também enaltecer suas virtudes como mulher e mãe. É essa lição que também tenho aprendido. 

  • O que você aprendeu com a maternidade do Rakim? E o que vem aprendendo com ele, pois sei que ele começou a falar, né?

  • Sempre tive vontade de ser mãe, então o Rakim chegou como o presente mais esperado e abençoado na minha vida. Foi a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu. Ser mãe após os 40 é cercado de preconceitos, eu mesma fui muito desiludida pelos médicos. Hoje Rakim está com 2 anos e é um menino super doce, inteligente, parceiro, delicado, educado com as pessoas. Ele já fala ‘com licença’, ‘obrigado’, ‘por favor’ e eu acho que esse é o mínimo que eu posso passar para o meu filho se eu almejo um futuro de desconstrução, tanto desconstrução do machismo como do racismo. Não quero que meu filho seja fruto disso. Por isso, estou sempre tentando mostrar esse tipo de coisa para o Rakim e ser um pouco de luz pra ele. O que eu puder dar de direcionamento dentro dos valores que eu acredito, que precisam ser trabalhados para se viver em sociedade, como a tolerância, e ao mesmo tempo dando armas para ele se defender de estrutura extremamente racista, eu vou fazer.

  • Com a vacinação avançada e algumas coisas voltando à certa normalidade. Que lição você tira do período pandêmico? Ou, o que estava sentindo falta de fazer, que já conseguiu recuperar o tempo perdido?

  • Segui a quarentena à risca, com muita responsabilidade. Estou feliz nesse momento de começar a retomar a ida a eventos que contenham todos os protocolos de segurança. Voltei a fazer minhas corridas, a caminhar para a arejar a mente. Agora o que eu quero muito é levar o Rakim para viajar assim que possível, colocar os pés no mar ou ‘fugir’ para um lugar calmo com muito verde onde ele possa brincar.

  • Além de atriz, você também é DJ. O que tem escutado recentemente e pode indicar?

  • Ultimamente, tenho escutado muito o disco da Liniker “Índigo Borboleta Anil”. Indico demais!

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