Gabrielle Gambine despontou na moda como modelo, lançou marca de roupas, atuou em Verdades Secretas 2, do Globoplay, e agora se prepara para viver Jasmine no longa de mesmo nome de sua personagem que estreia nos cinemas no segundo semestre deste ano.
Trans e ativista daquelas que levanta a bandeira com muito orgulho em prol da inclusão e respeito às pessoas trans e travestis, a sobrinha de Roberta Close, que também nasceu no Rio de Janeiro, é muito mais do que um rostinho bonito perdido no meio da multidão. Gabrielle sabe muito bem o que quer, tem personalidade forte e usa a inteligência a seu favor para conquistar os seus objetivos. “Há um longo caminho a percorrer na luta contra o preconceito”, afirma em entrevista ao GLMRM.
Uma Experiência Empoderadora
Ao interpretar Jasmine, Gabrielle descreve sua experiência como “muito boa”. E, um elemento crucial para a sua sensação de conforto foi a presença de uma roteirista trans colaborando com o filme. “A importância de ter pessoas trans ocupando posições de liderança e influência na criação de narrativas algo urgente”, diz ela, pois isso fez toda a diferença em sua imersão no papel.
Para a atriz, Jasmine é um exemplo poderoso da necessidade de trazer perspectivas diversas para o cinema, permitindo que histórias autênticas sejam contadas de forma genuína e inclusiva.
Personagem Carismática
Gabrielle destaca que a construção da personagem exigiu que ela explorasse uma persona diferente de sua própria, saindo da zona de conforto. “Além do carisma, Jasmine também é uma personagem astuta”, enfatiza Gabrielle, que incorporou uma representação que fosse, ao mesmo tempo, adorável e perspicaz. “Além de carismática, ela é bem esperta. Então, o desafio foi retratá-la de uma forma fofa, mas não ingênua. Eu amei isso nela”, completa.
Time de talentos
O trabalho de Gabrielle em Jasmine não foi apenas uma jornada individual, mas também um processo colaborativo com outros atores e a equipe de produção. Trabalhar ao lado de nomes renomados como Angela Dippe e Kayky Brito foi uma experiência incrível para a atriz. Ela expressa sua gratidão por ter sido confiada ao papel principal e destaca o aprendizado adquirido com o diretor Mathews Silva. “Foi incrível, eu procurei dar o meu melhor e fiquei feliz por saber que depositaram confiança em mim para contar a história dessa personagem”, celebra.
Novos Projetos
Sobre os novos projetos, ela destaca: “Quero continuar a minha carreira como modelo na indústria da moda e estudar para buscar me aperfeiçoar mais como atriz, que é uma vontade que tem crescido em mim. É importante se preparar porque a entrega pode ser desafiadora. Espero poder viver outros personagens e contar muitas outras histórias.”
Mas, e o Caio Blat?
Recentemente, o encontro entre Gabrielle e Caio Blat gerou comentários e especulações de que eles estariam tendo um date. Para ela, tudo não passa de amizade e uma troca entre profissionais do meio artístico.
“Precisamos de uma vez por todas naturalizar pessoas trans e travestis se relacionando e tendo amizades, trocando afetos sem sempre nos reduzirem e nos resumirem à nossa transgeneridade. Ou sem precisar levar para um lugar de sexualização criando um imaginário estereotipado dos nossos corpos. Acho um desserviço. Chega disso”, finaliza.