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Obra de Lenora de Barros
Foto: Paulo Freitas

O Museu de Arte Moderna de São Paulo recebe a exposição “Ruptura e o Grupo: Abstração e Arte Concreta, 70 anos”, que estreou no último dia 2 de abril. A mostra realiza uma releitura da exposição histórica do grupo Ruptura, que ocupou o mesmo espaço em 1952. Naquela ocasião, o grupo lançou um manifesto homônimo, que defendia novos paradigmas para a arte. O documento e a exposição apontaram diretrizes para a formação da arte concreta brasileira ao longo da década de 1950.

Com curadoria de Heloisa Espada e Yuri Quevedo, a mostra propõe uma revisão crítica do legado da arte construtiva no Brasil. O manifesto Ruptura criticava a figuração e, sem mencionar uma única vez os termos “abstração” ou “arte concreta”, apontava para essas linguagens como sendo “o novo” na arte.

Em 2022, o conjunto de obras expostas traz à tona novas reflexões, questionamentos e análises. Para a curadora Heloisa Espada, “olhar para o grupo Ruptura hoje não significa aderir sem crítica às ideias apresentadas nos anos 1950, mas considerar as circunstâncias de seu aparecimento, assim como as várias contradições entre o que os artistas escreviam e aquilo que eles faziam”.

“Ainda assim, a pesquisa visual desses artistas tinha uma conotação libertária, pois se propunha a imaginar novas formas de organizar o mundo no pós-guerra”, completa.

Durante a década de 1950, os artistas participantes são Anatol Wladyslaw; Geraldo de Barros; Hermelindo Fiaminghi; Judith Lauand; Kazmer Féjer; Leopold Haar; Lothar Charoux; Luiz Sacilotto; Maurício Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro.

A mostra conta com obras raramente vistas de Haar, que estão guardadas em acervo familiar desde que o artista faleceu, em 1954, não tendo sido exibidas desde então. Heloisa Espada aponta que por existir um limite tênue entre as esculturas que produzia e as maquetes de projetos para vitrines, “Haar é um dos artistas que melhor exemplifica a proposta do Ruptura de que a arte deveria ter uma aplicação prática na vida das pessoas”.

Quevedo acrescenta que “o grupo defendia a abstração como projeto de transformação, capaz de permear o cotidiano das pessoas, influenciando a indústria e organizando a vida em suas mais diversas escalas: das artes plásticas ao design, da arquitetura à cidade.”

Vem ver quem passou pela abertura para convidados!

Fotos: Paulo Freitas

Mostra “ruptura e o grupo: abstração e arte concreta, 70 anos”

Quando: de 02 de abril a 3 de julho de 2022 | terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Onde: MAM São Paulo | Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Ingressos: www.mam.org.br/ingresso

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